A partir do próximo ano, cada rali do Mundial terá três pontuações - a maior no final da etapa de sábado, mais a manhã de domingo e a power-stage -, podendo dar-se o caso de o vencedor do rali não ser o mais pontuado...
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Aprovada no início do mês durante o Conselho Mundial dos Desportos Motorizados, em Baku (Azerbaijão), a nova pontuação do Campeonato do Mundo de Ralis (WRC) já foi confirmada nos regulamentos da FIA para 2024. No entanto, a medida que pretende ajudar a relançar uma categoria em crise, ao ponto de só contar com o bicampeão Kalle Rovanpera em part-time na nova época, pode sair falhada, de tão confusa que aparenta ser - oficialmente o promotor ainda não deu explicações.
A partir do próximo campeonato, com início a 25 de janeiro, em Monte Carlo, e passagem por Portugal entre 9 e 12 de maio, haverá três momentos de pontuação em vez dos atuais dois. Independentemente de arrancar à quinta ou sexta-feira, a primeira fase de um rali termina após a jornada de sábado, atribuindo-se aí a maior fatia dos pontos, entre o primeiro e o décimo (18, 15, 13, 10, 8, 6, 4, 3, 2 e 1). Para os amealharem, os pilotos terão de terminar o rali no dia seguinte.
A fim de evitar poupanças até à power-stage - a última especial continua a atribuir pontos adicionais aos cinco melhores, de cinco para um -, a ronda de domingo passa a valer por si só mais pontuação, no caso aos sete primeiros (7, 6, 5, 4, 3, 2 e 1).
Em cada evento continuam a estar em jogo 30 pontos, mas repartidos em três momentos podem baralhar os adeptos. Mais grave: embora deva acontecer poucas vezes, partindo do princípio de que o primeiro de domingo já estará bem posicionado no sábado, o vencedor de um rali pode somar menos pontos do que o líder de sábado, para quem chegar ao fim pode ser uma formalidade. É de esperar uma redução das emoções em algumas provas, o oposto do desejado.