Equipa espera por autorização para competir em 2023, por isso não corre o risco de contratar atletas, mas já tem conversas adiantadas com vários corredores
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A W52-FC Porto está a trabalhar arduamente para ter equipa continental em 2023 e, para tal, precisa de novos corredores. É nesse sentido que a formação azul e branca tem procedido, nas últimas semanas, à identificação dos alvos e posterior conversa com os mesmos.
Para já, a equipa não assume o risco de celebrar contratos desportivos, por estar a aguardar o parecer da Federação Portuguesa de Ciclismo (FPC), que valida os pedidos de inscrição e os encaminha depois para a UCI. A W52 manifestou o interesse junto da FPC de ter uma licença continental, que, recorde-se, fora retirada no final do mês de julho na sequência da Operação Prova Limpa, que indicou oito atletas arguidos em abril.
Ao que O JOGO apurou, António Carvalho, Afonso Eulálio, Javier Moreno e Sáez, da Glassdrive, foram sondados e do Louletano encaminha-se a contratação de Contte. Estrangeiros estão na lista também.
Enquanto aguarda até 4 de outubro, data em que a Federação se deverá pronunciar, a W52-FC Porto averigua possíveis reforços para os juntar a Amaro Antunes, o único corredor com contrato válido para 2023. Mesmo sabendo que a UCI tem o poder arbitrário de não atribuir licença ou de a retirar a qualquer momento, O JOGO está em condições de informar que os corredores da Glassdrive-Q8-Anicolor foram os mais sondados: António Carvalho, pódio na Volta a Portugal e ex-atleta dos dragões, é considerado uma peça-chave. Tal como ele, Javier Moreno, de 38 anos, e Héctor Sáez, de 28, estão sem contrato para 2023 e a Glassdrive, nestes dois casos, não quis renovar.
Afonso Eulálio, jovem importante na vitória da Volta a Portugal e campeão nacional de sub-23, tem vínculo com a Glassdrive, mas também foi abordado pelos dragões. Tomas Contte, de 24 anos, é um sprinter e outro nome bem cotado nos dragões pelas garantias nas etapas planas que mostrou dar pelo Louletano.
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Há a possibilidade de tentar contratar no estrangeiro, mas, devido às despromoções e promoções no ranking UCI, há demora na definição dos contratos. Naturalmente, uma equipa de terceiro escalão só consegue convencer corredores que não tenham colocação nas duas divisões superiores. Resgatar atletas sub-23 é outra estratégia a seguir.
Louletano vai continuar
A W52-FC Porto aguarda pela validação da licença pedida à Federação Portuguesa de Ciclismo, mas este procedimento é comum a todas as equipas. No comunicado divulgado pela Federação há uns dias, a equipa Aviludo-Louletano era a baixa da temporada passada, mas, ao que tudo indica, os algarvios vão fazer parte das equipas continentais portuguesas. Uma das formações históricas do pelotão nacional, sabe O JOGO, prosseguirá na estrada e terá justificado à Federação Portuguesa de Ciclismo os motivos para o atraso da comunicação de interesse e pago, inclusivamente, um dos valores pedidos para a inscrição.
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