Equipa vencedora das últimas Voltas a Portugal vai competir no segundo escalão mundial durante as próximas três épocas, tendo como objetivo a participação na Volta a Espanha
Corpo do artigo
A União Ciclista Internacional (UCI) publicou, esta sexta-feira, a primeira lista das principais equipas mundiais para a próxima temporada, com 18 formações no World Tour e 22 no escalão Profissional Continental, ainda não constando deste o nome da W52-FC Porto, como já se previa. Tratando-se de uma primeira inscrição, o processo burocrático é mais complexo e os responsáveis portistas ainda o estão a completar, tendo um prazo até ao final deste mês para o fazer.
"Fizemos a candidatura, que foi aceite, portanto há 99% de certeza de que a equipa arrancará no próximo ano numa divisão superior. Mas falta entregarmos as garantias que nos vão ser pedidas", explicou Adriano Quintanilha, dono da W52, a O JOGO. A UCI só oficializa as equipas depois de receber os contratos dos principais patrocinadores (W52 e FC Porto), uma garantia bancária (depende do número de ciclistas) e, para novas inscrições, um fiador. "O que a UCI pede não é simples. Não há qualquer comparação com o escalão em que estávamos; este é outro patamar de exigência", sublinha Quintanilha, revelando que a subida de divisão "será um projeto arrojado: "Teremos de estar no mínimo três anos neste escalão e iremos cumprir."
A W52 venceu cinco Voltas a Portugal consecutivas, as últimas três já ligada ao FC Porto, e embora a maior corrida nacional continue a ser o foco principal, a subida de escalão implicará fazer um calendário internacional, que terá como principal meta uma futura entrada na Volta a Espanha. Estando muito ativa no mercado, a equipa manterá todo o plantel, incluindo Raúl Alarcón, Rui Vinhas e Gustavo Veloso, mas crescerá para 17 ou 18 ciclistas. O projeto portista será o maior de uma equipa portuguesa desde 2003, ano da última das cinco participações da Maia-Milaneza na Volta a Espanha.