Matthias Walkner, motard austríaco da KTM que ganhou o Rali Dakar em 2018, caiu a 110 km/h ao segundo dia e tem resistido às dores de um pulso partido. Falta saber até quando
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Era um dos candidatos ao triunfo nas motos do Rali Dakar, mas agora só tenta chegar ao fim, embora ainda seja décimo da geral. O austríaco Matthias Walkner, vítima de queda ao segundo dia, tem pilotado a KTM com uma lesão grave no pulso direito.
"Dos 430 km, havia 400 com pedras do tamanho de bolas de futebol. Foi provavelmente a etapa mais perigosa que já fiz num Dakar. Ao longo de seis horas é preciso uma concentração total e não se pode ignorar uma única pedra, se não pode doer muito. Segundo os dados do airbag, ia a 110 km/hora quando falhei uma pedra e cai com força numa pilha de rochas. Tive todos os anjos da guarda e amuletos da sorte por mim. Mas o pulso doía muito, fui ao hospital e o raio-x mostrou uma leve fratura", contou o piloto da KTM sobre a sua queda.
A sofrer desde então, Walkner mostrou uma fotografia da sua mão direita... antes da etapa. "Julguei que com dunas seria melhor, mas foi ainda pior do que no terreno rochoso. Não tenho a certeza se isto faz mais sentido. Não luto por vitórias, só por tentar ir bem até à linha de chegada. Ainda faltam dez dias e não sei se vou arruinar a mão ao continuar. O que estou a fazer é no limite e muito perigoso. Vou dar à minha mão outra noite de descanso e ver se continua a inchar ou se melhora", escreveu ontem o piloto de 36 anos, que apesar das dores ainda é décimo, a 28 minutos do líder, Daniel Sanders.
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