Vitória de Setúbal critica adeptos e polícia por invasão que acabou o jogo com o FC Gaia
PSP não aceitou ficar para a segunda parte do jogo, após uma invasão de campo ao intervalo, e a delegada considerou não existirem condições de segurança
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O Vitória de Setúbal assumiu ter sido o comportamento de alguns dos seus adeptos a gerar a interrupção e o fim do seu jogo com o FC Gaia, que vencia no Pavilhão Antoine Velge, por 9-16, ao intervalo, quando se deu uma invasão de campo.
Em comunicado, o clube lamentou, "uma vez mais, a reincidência de comportamentos que apenas mancham o nosso bom nome e que continuam a trazer, a nível financeiro e desportivo, consequências gravíssimas".
As críticas estenderam-se à PSP, que esteve no local mas se recusou a ficar para o segundo tempo, não tendo a delegada ao jogo considerado existirem condições de segurança face às condições propostas pelo clube, de segurança feita por 14 elementos do seu staff, nem ter sido depois possível evacuar o pavilhão, devido à recusa de alguns adeptos. O jogo foi dado como suspenso e os sadinos serão alvo de processo disciplinar.
COMUNICADO DO VITÓRIA DE SETÚBAL
"1. O Vitória Futebol Clube vem, no seguimento dos acontecimentos da última noite no Pavilhão Antoine Velge, colocar-se ao lado da Federação de Andebol de Portugal e das autoridades, no sentido da promoção da ordem, da segurança e do respeito pela prática desportiva.
O Vitória está, portanto, disponível para, dentro de todas as suas possibilidades, colaborar no sentido de punir os transgressores que, alegando responder a provocações vindas do recinto de jogo, invadiram-no, situação que uma vez mais apenas penaliza o nosso Clube e a sua equipa de Andebol.
Não faz por isso falta dizer que, enquanto instituição centenária que diariamente luta pela promoção de bons valores, o Vitória Futebol Clube não compactua com, e repugna fortemente, quaisquer situações de intimidação ou violência no desporto.
2. Mais, o Vitória Futebol Clube informa ainda que:
a. Após contacto entre a Delegada ao Jogo e o Conselho de Arbitragem, foi exigida a presença da polícia no recinto.
b. Apesar de uma patrulha da PSP ter efetivamente estado presente no recinto durante as mais de 3 horas que tardou a resolução destes lamentáveis incidentes, nunca esta se mostrou disponível para que 2 dos seus elementos pudessem permanecer no Antoine Velge durante o decorrer da segunda parte do jogo.
c. Em alternativa, o Vitória Futebol Clube garantiu que 14 elementos do seu staff fossem destacados para promover, durante o tempo de jogo em falta, a segurança das bancadas, situação essa também recusada pela Delegada.
d. Numa segunda fase, os adeptos presentes foram convidados a abandonar o recinto, solução que, por vários, foi compreensivelmente rejeitada. Consideram estes Vitorianos ter sempre, de forma ordeira, apoiado a equipa, pelo que não deveriam também eles ser punidos por atos alheios.
Assim, mesmo com a concordância das 3 equipas em campo, que queriam jogar, e de todos os esforços levados a cabo para que o jogo pudesse prosseguir em segurança, o retomar da partida não foi aceite pela Delegada, que considerou não estarem reunidas as condições para tal necessárias.
3. O Vitória Futebol Clube aguarda agora o relatório da equipa de arbitragem e a decisão das autoridades, lamentando uma vez mais a reincidência de comportamentos que apenas mancham o nosso bom nome e que continuam a trazer, a nível financeiro e desportivo, consequências gravíssimas ao nosso clube."
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