Federação Internacional do Automóvel vai exigir que todos os integrantes do "grande circo", e não apenas os pilotos, estejam imunizados. O objetivo é aliviar um pouco as medidas restritivas, como o conceito de "bolha", e permitir que a temporada decorra sem sobressaltos, até porque terá um número recorde de corridas: 23.
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A Fórmula 1 não está disposta a correr riscos em 2022, daí que uma das medidas tomadas para a nova temporada será a obrigatoriedade de vacinação completa para a covid-19.
O recente imbróglio a envolver o tenista sérvio Novak Djokovic, recambiado da Austrália e impedido de participar no primeiro Grand Slam do ano, é um exemplo óbvio daquilo que a Federação Internacional do Automóvel (FIA) quer evitar, mas não só, sobretudo numa época com um número recorde de corridas em agenda, 23, e em que se pretende ir aligeirando as medidas mais restritivas impostas aos integrantes do "grande circo".
Para isso, porém, todos os que têm acesso ao "paddock" da Fórmula 1 - pilotos, elementos das equipas, dos média, do sector da hospitalidade e convidados - deverão ter a vacinação anti-covid em dia.
Esta decisão terá sido tomada na reunião da FIA do mês passado, mas não foi comunicada, tendo surgido no "Sunday Times" e na segunda-feira confirmada pela BBC Sport.
Naturalmente, serão respeitados os protocolos para a covid-19 vigentes em cada país que a F1 visite, até porque a frequência de testagem dentro da modalidade será reduzida. Este é uma das alterações que a FIA tem em vista ao abrigo da vacinação obrigatória, tal como é o fim do sistema de "bolha" (ainda assim, recomendado), que visava reduzir ao mínimo os contactos pessoais dos integrantes do Mundial.
O calendário deste ano arranca no fim de semana de 18-20 de março, no Barém, quase dois anos depois de, no verão de 2020, ter sido a primeira grande modalidade mundial a regressar após ter sido declarada a pandemia e de ter conseguido que se disputassem 39 provas nestas duas épocas. Desde o início da pandemia, quatro pilotos falharam corridas devido a resultados positivos - Pérez, Stroll, Raikkonen e Hamilton - e outros tantos contraíram covid extra competição - Leclerc, Norris, Gasly e Mazepin.