Neemias Queta, apontado à NBA, na sua melhor época universitária e já Defensor do Ano, falou a O JOGO.
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A cumprir a terceira época ao serviço de Utah State, preparando-se para o play-off de Mountain West e em busca de nova presença na "March Madness", Neemias Barbosa Queta, de 21 anos, foi eleito o melhor defensor da referida conferência e considerado o melhor da I Divisão universitária norte-americana de basquetebol (NCAA) na mesma categoria pelo Bleacher Report, neste caso num universo de jogadores de 351 equipas!
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Com médias de 14,7 pontos, 9,9 ressaltos, três desarmes e 2,8 assistências, este pode ser o ano do português, após uma primeira tentativa de entrada no Draft da NBA de 2019.
Está a ser a sua melhor temporada da carreira universitária?
-Sem dúvida nenhuma, sinto-me melhor do que nunca! Espero continuar a fazer bem o meu trabalho e acabar ainda mais forte.
Depois da primeira experiência de se declarar elegível para o Draft em 2019, sente-se mais forte para continuar a perseguir o sonho da NBA?
-Evoluí bastante em termos físicos. Estou muito mais forte, mais completo a nível ofensivo e acho que percebo muito melhor o jogo. Estou muito mais maduro.
Recuperou bem da lesão que o afetou em 2019?
-Totalmente. Parece que aquela lesão nunca aconteceu. O meu corpo parece o mesmo, até parece melhor!
Internacional sub-20 foi distinguido como Defensor do Ano da conferência Mountain West, mas a conhecida publicação Bleacher Report aposta nele para levar o mesmo prémio ao nível da NCAA!
Como é voltar a jogar numa nova realidade, sem público, com um protocolo sanitário e jogos adiados?
-A realidade sem público não me afetou muito. Quase toda a minha vida joguei sem público. Em Portugal, não havia muita gente a ir aos jogos. Não foi isso que me afetou. A possibilidade de jogos adiados, isso sim, mexe com os atletas. Estamos prontos para jogar noutra cidade e depois, de repente, dizem que não há jogo. É algo diferente e é preciso estar pronto para lidar com isso. Já sabíamos que era uma época em que nada seria certo e que tínhamos de estar prontos para um pouco de tudo.
Em março do ano passado, como reagiu à notícia do cancelamento da March Madness?
-Custou-me imenso não ter ido à March Madness. Foi para isso que estivemos a trabalhar o ano todo, para chegar lá e mostrar o que éramos capazes de fazer, mas infelizmente não houve. Podia ter sido mesmo uma história de Cinderela.
O fim abrupto de época passada dá mais vontade de se voltar a apurar?
-Este ano estamos a trabalhar imenso para poder chegar lá, ainda temos hipóteses, só temos de acabar a época num momento alto.
A pandemia atrapalhou os seus planos desportivos?
-Atrapalhou. A March Madness podia-me ter ajudado muito no verão do ano passado, mas, a partir do momento em que não houve, tirei da minha cabeça a hipótese de ir ao Draft.