Rúben Guerreiro não tem contrato para 2020, mas está a comprovar como o World Tour precisa das qualidades dele. O jovem de 25 anos chega ao pódio de uma tirada na estreia em Grandes Voltas.
Corpo do artigo
Rúben Guerreiro terminou no segundo lugar a 15.ª etapa da Volta a Espanha, uma das mais difíceis deste ano. O ciclista da Katusha foi exímio a ler a corrida e a alcançar o primeiro pódio em provas de três semanas, logo na estreia em Grandes Voltas. O jovem de 25 anos esperou pela fuga certa, que teve mais 16 homens, deixou o colega Daniel Navarro atacar a 40 km e, na subida final, a última de quatro duríssimas primeiras categorias, chegou-se à frente.
Juntamente com Tao Geoghegan Hart (Ineos) subiu com capacidade, mas não se recolou a Sepp Kuss. O ciclista da Jumbo-Visma acelerou a 4 km da meta, ganhando na estreia do final no Santuario del Acebo. Já Guerreiro bateu Geoghegan Hart, ex-companheiro da Axeon: "Corremos de forma exemplar. O Dani atacou primeiro, enquanto eu guardava energias. Não sou um trepador, mas estou em boa forma e satisfeito." O ex-colega não gostou da colocação de Guerreiro na estrada apertada e recusou o aperto de mão. "Somos amigos, mas parece que, às vezes, não há amigos aqui", comentou o luso, que saltou de 19.º para 16.º. Está sem contrato, mas, a andar assim, só pode continuar no World Tour.
A 15.ª etapa tinha 40 km de subida, mas a Jumbo controlou. Quando Alejandro Valverde (Movistar) arrancou a 6 km da meta, Roglic mostrou quem manda. Chegaram juntos e o líder mantém 2m25s para o espanhol e aprofundou a supremacia: tirou 41 segundos a Tadej Pogacar (UAE) e Miguel A. López (Astana) e 1m36s a Nairo Quintana (Movistar), já longe do pódio. "Sentia-me bem. Disse ao Kuss para tentar a etapa", explica o confiante Roglic.
11280091