Congresso da Associação Portuguesa de Nutrição Entérica e Parentérica decorreu entre segunda e terça-feira, em Matosinhos.
Corpo do artigo
Entre uma a duas horas por dia e duas ou três vezes por semana, é o ideal para colher os benefícios da atividade física sem riscos acrescidos de ataque cardíaco. Esta foi uma das conclusões de um estudo apresentado Marco Oliveira, cardiologista do Centro de Medicina Desportiva do Porto, durante o 18.º Congresso da Associação Portuguesa de Nutrição Entérica e Parentérica, que decorreu entre segunda e terça-feira, em Matosinhos.
Uma das múltiplas mesas redondas foi dedicada quase em exclusivo à prática da corrida e contou com um painel muito diversificado. Pedro Amorim, o médico do ultramaratonista Carlos Sá, e o responsável pela seleção do painel, elaborou a retrospetiva histórica em que até final do século XIX o desporto era visto como prejudicial à saúde, lembrando que a primeira participação conhecida de uma mulher na maratona só aconteceu em 1967. A coberto de um nome falso Kathrine Switzer teve de lutar contra o preconceito e contra os juízes que a tentaram retirar da estrada quando o descobriram.
Entretanto, o especialista em medicina desportiva, Jaime Milheiro, tentou provar perante uma plateia de cerca de trezentas pessoas que a chave para derrubar as barreiras da performance na idade avançada podem estar escondidas nas hormonas. Principalmente no cortisol.
A teoria não deve ser estranha à atleta de elite e bióloga Ester Alves. Campeã em três modalidades diferentes a agora atleta de trail mostrou a fibra de que e feita quando é capaz de esticar um dia no qual encaixa os treinos das 5h30 da madrugada, a profissão de bióloga e o mestrado que está em fase de conclusão.
A ginástica com os ponteiros do relógio é outra das artes em que Rita Dias, gestora da Sonae, é perita. Mãe de quatro filhos, maratonista encartada com tours de corrida pelo mundo, diz que não sai de casa sem um par de sapatilhas na mala. Num outro caso o peso do sacrifício para a médica dentista Susana Lourenço deixa de ser uma figura de estilo. O alarme dos 121 quilos deram-lhe alento para a descoberta da corrida e para a primeira maratona da vida.
Soube-se que pubalgia é o primeiro termo que surge nas pesquisas dos interessados em corrida que navegam até ao sítio "Correr por Prazer", detalhou o blogger Vítor Dias. As palavras secundárias do ranking são quase todas maleitas o que dá que pensar nas aflições da tribo dos corredores.
O personal trainer Arnaldo Cruz sublinhou a importância do trabalho muscular na prevenção de lesões e Serafim Gadelho, detalhou o programa Nacional de Marcha e Corrida que, com 39 centros nacionais, já envolveu 38 mil a calçar as sapatilhas com orientação.
A fechar a sessão e antes da habitual sessão de perguntas, o nutricionista Elton Gonçalves clarificou o papel dos suplementos no rendimento. Sim, podem dar uma ajuda, mas fazem parte de uma equação maior em que a alimentação saudável e o treino não cabem num boião.