Treinador do Benfica satisfeito: "Costumávamos perder este jogo do play-off"
Declarações após o jogo Nun’Álvares – Benfica (0-1, após prolongamento), o segundo da final do campeonato nacional feminino de futsal, disputado este domingo, no Pavilhão do Grupo Nun’Álvares, em Fafe
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Luís Silva (treinador do Nun’Álvares): “Ao contrário do primeiro jogo, na Luz, fomos mais competitivos, mais fortes. Fomos a equipa que criou mais oportunidades de golo, o que não quer dizer que o Benfica não tenha criado. O amargo de boca vem de criarmos mais oportunidades de golo e não conseguirmos finalizar. Fomos penalizados por isso. O Benfica marca num erro nosso. Temos de continuar a acreditar e a trabalhar. Queremos este Nun’Álvares a competir. Faltou-nos marcar golos. Não fomos em nada inferiores ao Benfica.
Temos de colocar a nossa qualidade na quadra, temos de competir [no terceiro jogo da final, marcado para 2 de junho, em Lisboa]. O acreditar vem muito do que fazemos durante a semana, do empenho, da dedicação. Temos de continuar a acreditar. Se hoje fomos melhores, na Luz também o podemos ser.
Temos de melhorar alguns pormenores, como o da finalização, que foi um pormaior. O foco maior é o de recuperar as atletas lesionadas: a Bruna [Franklin], a [Cátia] Balona, que esteve limitada hoje, a Carla Vanessa. Temos de tentar recuperar essas baixas para ajudar a equipa. Enquanto houver esperança, temos de lutar [pelo título]”.
Alexandre Pinto (treinador do Benfica): “Sou muito prático. Vim aqui com o objetivo de vencer. Como vencemos, saio satisfeito, nem que fosse nos penáltis. Como é óbvio, o Benfica foi diferente do jogo 1 [que venceu por 3-0]. Houve mérito do Nun’Álvares. Foi uma equipa muito mais aguerrida e pressionante, que nos criou inúmeras dificuldades. Não conseguimos o controlo deste jogo como o do primeiro.
Este jogo foi muito repartido. Não foi um jogo brilhante das duas equipas. Houve muitos passes falhados e pouca capacidade para ter a bola. Foi um jogo emotivo para toda a gente que se deslocou a Fafe, que acaba por cair para o nosso lado, com alguma felicidade. Mas isso é fruto do trabalho das jogadoras. A felicidade procura-se. Procurámo-la muito hoje. E tivemos na baliza um pilar [Ana Catarina] que fez com que saíssemos daqui sem sofrer golos. Foi muito importante vencer o jogo 2. Costumávamos perder este jogo do play-off. Isso dá-nos mais uma chance de nos tornarmos heptacampeões nacionais.
Temos noção de que as coisas só se concretizam com a terceira vitória. No desporto, não há impossíveis. Temos de pensar que o nosso adversário fará de tudo para vencer na Luz no próximo fim de semana, como nós faríamos se estivéssemos do outro lado. Vai ser um jogo difícil, mas estamos a uma distância pequena do sétimo título consecutivo. Se assim for, será a concretização do objetivo primordial desde o primeiro dia da época. Se não acontecer para a semana, teremos mais dois jogos”.