Líder da Volta a França pede "atenção nas próximas tiradas".
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O ciclista esloveno Tadej Pogacar (UAE Emirates) apontou este sábado o dinamarquês Jonas Vingegaard (Jumbo-Visma) como principal adversário e desvalorizou a margem que tem para os candidatos à vitória final da Volta a França.
Na véspera de uma jornada de alta montanha nos Pirenéus, o jovem esloveno mostrou-se confiante para o que aí vem, depois de a UAE Emirates ter controlado hoje o pelotão durante "praticamente" toda a etapa.
"Teremos de permanecer atentos nas próximas tiradas. No entanto, hoje não tive problemas e toda a equipa teve uma boa jornada", resumiu, após concluir a 14.ª tirada no pelotão, a 06.53 minutos do vencedor, o holandês Bauke Mollema (Trek-Segafredo).
Pogacar recordou que tem "boas recordações de Andorra-a-Velha", onde conquistou a sua primeira etapa numa grande Volta, na Vuelta2019, e onde, no domingo, termina a ligação de 191,3 quilómetros, com partida em Céret.
"Fico sempre contente de regressar lá. Reconheci o percurso, estou preparado. O objetivo é defender a camisola amarela, mas se houver uma oportunidade para ganhar [a etapa], tentarei", prometeu, antes de apontar o agora quarto classificado da geral, Jonas Vingegaard, como o adversário mais perigoso.
O dinamarquês está a 05.32 minutos da amarela e, atendendo ao que fez no Mont Ventoux, quando atacou e deixou o líder da UAE Emirates em dificuldades, será o homem que "Pogi" terá debaixo de olho, embora o jovem esloveno admita "que todos os corredores do 'top 10' são perigosos".
"Cinco a sete minutos de diferença são alcançáveis, se eu tiver um dia mau. Ser atacado faz parte do ciclismo: um dia somos o mais forte, no outro é outro qualquer", reconheceu, desvalorizando a vantagem que tem para os oito ciclistas que o seguem na geral, nomeadamente, Rigoberto Úran (EF Education-Nippo), terceiro, a 05.18 minutos, Vingegaard, que é quarto, e Richard Carapaz (INEOS), quinto, a 05.33.
Pogacar não incluiu Guillaume Martin, que hoje subiu ao segundo lugar da geral, a 04.04 minutos, no lote de adversários, mas o francês da Cofidis prometeu tentar "aproveitar as oportunidades".
"Gastei muita energia, espero que não pague esse desgaste amanhã [domingo]. Penso que a jornada de amanhã vai ser difícil para mim, depois do esforço de hoje", disse, esclarecendo que só vai fazer contas quanto à sua classificação depois da 15.ª etapa, que inclui três contagens de primeira categoria, a última das quais a 15 quilómetros da meta.
O francês da Cofidis integrou a fuga do dia e conseguiu escalar sete posições na classificação, recuperar mais de cinco minutos e ficar a "apenas" 04.04 do camisola amarela.