Burkina Faso tem boas relações com o regime de Putin e os ciclistas russos têm sido aplaudidos. "Niguém nos diz quem pode correr. Recebemos os nossos amigos", defendeu ministro
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A União Ciclista Internacional (UCI) tirou o Tour do Faso do seu calendário, por ter a correr o CSKA de Moscovo, equipa russa que está a alinhar com equipamentos que dizem “Exército Russo” em inglês.
A prova do Burkina Faso, já com 40 anos de existência, estava no escalão internacional mais baixo e tem este ano uma maioria de equipas africanas, mais uma belga, uma neerlandesa e a russa, que este domingo ganhou a terceira etapa, com Anton Popov.
A UCI, que baniu russos e bielorrussos de todas as competições, revelou, em comunicado, que alertou a organização para esse facto. “Apesar dessa instrução, a equipa entrou na competição. Em consequência, a UCI retirou a prova do seu calendário internacional e vai analisar consequências disciplinares”, pode ainda ler-se
O Burkina Faso, que mantém boas relações com o regime de Vladimir Putin, não se mostrou incomodado e já respondeu, pelo ministro de Estado, que convida “quem quiser”. “Ninguém pode dizer a um país quem pode correr, isto não é a Volta à Europa nem aos Estados Unidos. Isto é o Burkina Faso e recebemos os nossos amigos”, disse Bassolma Bazié, que não escondeu a satisfação com o triunfo de Popov.
Os russos, segundo alguns dos relatos locais, têm sido os ciclistas mais aplaudidos do pelotão.