Tóquio'2020: estrelas estão a apagar-se e parece não haver quem lhes suceda
Inédito >> Biles, Djokovic, Osaka, Riner, Bilodid, Huston e Momota falharam títulos anunciados e proezas históricas
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Teddy Riner esteve 10 anos e 154 combates sem perder, conseguindo 10 títulos mundiais e dois olímpicos, que fizeram dele o maior judoca da história. No último ano, e depois de uma paragem para se dedicar à família e uma lesão, foi sofrendo dissabores, mas ninguém esperava que o gigante de 2,04 metros e 140 quilos se deixasse bater no palco onde procurava a consagração definitiva, igualando o japonês Tadahiro Nomura, único da história a conquistar três medalhas de ouro olímpicas consecutivas no judo.
Não há Usain Bolt nem Michael Phelps e parece também não haver quem lhes suceda como glórias olímpicas. Depois do abandono de Simone Biles, o judoca Teddy Riner foi o mais recente gigante a cair
Esta sexta-feira, o russo Tamerlan Bashaev bateu-o nos quartos de final e o francês de 32 anos teve de se conformar com o bronze.
Riner, muito longe da cara fechada e abatida pela pressão da ginasta Simone Biles, festejou o terceiro lugar como se fosse o primeiro e marcou encontro para Paris"2024. "É frustrante, mas muitos atletas sonham com uma medalha e eu vou para casa com a quarta e muito feliz. Aqui aprendi. O desporto ensina-nos sempre. E agora terei Paris"2024 para fechar o livro", afirmou.
Mas Riner não foi o único a cair. Novak Djokovic, número um dos ténis, continua sem o ouro olímpico e falhou o inédito Golden Slam, depois de a modalidade ter perdido cedo a estrela feminina, Naomi Osaka. No judo, era Daria Bilodid, a ex-leoa bicampeã mundial, que procurava a glória aos 20 anos e se ficou pelo bronze dos -48 kg.
No skate, as quedas deixaram a superstrela Nyjah Huston, líder mundial, na sétima posição. No badminton, o japonês Kento Momota, bicampeão mundial e recordista de títulos numa época, perdeu logo na fase de grupos e foi eliminado por Kwang-hee Heo, um coreano que é 38.º do ranking. Já no taekwondo, a britânica Jade Jones procurava o terceiro título consecutivo nos -57 kg, uma proeza histórica que falhou da forma mais inesperada: perdeu de entrada com Kimia Alizadeh, da equipa de Refugiados Olímpicos.
Resta, na natação, ver o que fazem Caeleb Dressel, já com dois ouros, e Katie Ledecky. Tendo ambos pela frente aquilo a que os norte-americanos chamaram "super sábado", ela tinha ganho os 1500 livres, mas já ficara pela prata nos 400 e na estafeta de 4x200. Tóquio parece não ser mesmo para os gigantes do desporto.