Belga da Hyundai provou em Paredes estar totalmente recuperado do acidente no Chile. Entre os portugueses, o mais rápido foi Ricardo Teodósio
Corpo do artigo
Thierry Neuville ficou particularmente animado ao fazer o melhor tempo no Shakedown do Rali de Portugal, pois vinha de um aparatoso acidente no Chile, que o deixara magoado na perna esquerda, e percebeu estar bem.
"Sinto-me OK, a 99%. Ainda tenho algumas dores, mas quando coloco o capacete e começo a pilotar, fica tudo bem", comentou o belga da Hyundai, que em Baltar superou Kris Meeke (Toyota) por uma décima de segundo e Teemu Suninen (Ford) por três décimas. Mais importante, num primeiro contacto com os troços de terra portugueses, os Citroën ficaram a 1,3 (Esapekka Lappi) e a 2,4 segundos (Sébastien Ogier).
Há duas semanas, no Chile, uma aparatosa saída de estrada levou a pensar que Neuville poderia ter partido a perna - "doía e tinha sangue", lembrou -, mas no final apenas precisou de ser suturado. Agora, já só pensa na etapa de amanhã, em Arganil. "As classificativas desta sexta-feira são novas e isso é um desafio adicional para todos. Temos notas novas e são especiais desafiantes, por serem estreitas em algumas zonas e bastante sinuosas em outras. Vai ser um dia duro", completou.
O Shakedown, que deu aos pilotos uma primeira ideia das temperaturas elevadas em que vai decorrer o rali deste ano, confirmou o equilíbrio que se esperava, com os Hyundai, Toyota e Ford muito próximos e apenas os Citroën algo atrás.
Elfyn Evans, que fez o nono tempo, teve uma quebra de potência no seu Ford Fiesta, reparada sem problemas depois de regressar à Exponor, em Matosinhos.
Entre os portugueses o mais rápido foi Ricardo Teodósio, com 3m18,2s no Skoda que lidera o Campeonato Nacional, à frente do Hyundai de Armindo Araújo (3m18,8s), do Skoda de Miguel Barbosa (3m19,0s), do Citroën de José Pedro Fontes (3m20,1s) e do VW Polo de Pedro Meireles (3m21,5s).