Tenista russa critica bombardeamento da Ucrânia: "Deus não lhes deu um cérebro"
Anastasia Gasanova publicou uma série de "histórias" na conta pessoal do Instagram, nas quais acusa a Ucrânia de a ter obrigado a abandonar Odessa, em 2014, devido à sua nacionalidade.
Corpo do artigo
Anastasia Gasanova, tenista russa que ocupa o 154.º lugar no ranking mundial feminino, gerou uma grande polémica nas redes sociais, após ter publicado uma série de "histórias" na conta pessoal de Instagram, nas quais critica os mais recentes bombardeamentos ucranianos em solo russo.
Gasanova começa por recordar a sua passagem por Odessa, em 2014, para acusar a Ucrânia de a ter obrigado a sair do país devido à sua nacionalidade.
15258899
"Eu falo de tudo na primeira pessoa, neste caso sobre o que eu ou amigos próximos temos visto. Fomos forçados a deixar a Ucrânia. De acordo com testemunhas, as forças armadas da Ucrânia mataram pessoas por falarem russo. Depois de 2 de maio de 2014 [data em que pelo menos 48 pessoas morreram em confrontos entre apoiadores ucranianos e militantes pró-Rússia, em Odessa] tornou-se impossível usar vestuário da equipa russa, porque podiam disparar contra ti sem aviso", começa por denunciar.
A tenista, de 23 anos, também abordou o recente bombardeamento ucraniano à ponte que liga a Rússia à Crimeia, condenando a ofensiva: "Deus não lhes deu um cérebro, infelizmente. Porque é que estão tão felizes? Se querem a Crimeia de volta... destruir não é construir".
"Quando há impactos de bombardeamentos em pessoas inocentes na Ucrânia, é uma tragédia, mas se acontecer na Rússia, estão a ter o que merecem...", rematou Gasanova, que tem sido altamente criticada nas redes sociais desde o desabafo.
15258972
Cazaquistão, a nova "casa" dos tenistas russos e bielorrussos
Desde o início da invasão russa à Ucrânia, em 24 de fevereiro, os tenistas russos e bielorrusos ficaram impedidos de participar no torneio de Wimbledon, um fator que, de acordo com o presidente do Cazaquistão, já resultou em que mais de 30 atletas destas nacionalidades tenham procurado naturalizarem-se cazaques.
"A maioria deles são crianças com 12 ou mais anos. Também há jogadores profissionais que gostariam de mudar o seu passaporte e jogar com a nossa bandeira. Oferecemos esta possibilidade tanto a russos como ucranianos, somos a favor da paz entre os países", salientou Kassym-Jomart Tokayev, em declarações citadas pelo Eurosport.