Tenista dos EUA processa USTA por não evitar que fosse "abusada" sexualmente por ex-treinador
Caso terá ocorrido há cerca de quatro anos, em Nova Iorque, e originou o afastamento do técnico
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Kylie McKenzie, tenista norte-americana, vai processar a Associação de Ténis dos Estados Unidos da América (USTA) por entender que a mesma não evitou que fosse, alegou à Imprensa, apalpada pelo ex-treinador Anibal Aranda, em 2018.
"Cresci dentro do sistema da USTA e confiava neles [responsáveis da organização]. Esperava que levassem tudo isto mais a sério, mas enganei-me", afirmou a tenista, em conferência de Imprensa, ladeada pelo advogado Robert Allard, referindo que o técnico era conhecido por "ter antecedentes" deste tipo de comportamento.
Segundo uma funcionária da USTA, citada pelo "Mail Online", Aranda tocou na zona genital de McKenzie, por cima da roupa, num centro de treinos, em Nova Iorque, versão essa descrita, perante a Imprensa, pelo advogado da tenista, Robert Allard.
"Tocou em praticamente todo o corpo de Kylie enquanto alegava que se tratavam de correções de técnicas de jogo. Após semanas de assédio, ela afastou-se dele o mais rapidamente que conseguiu", afirmou o causídico norte-americano.
No processo judicial, é dito que "a partir de agosto de 2018, os arguidos [a USTA] sabiam ou deveriam razoavelmente saber da propensão do treinador [Anibal] Aranda para abusar sexualmente, ameaçar e ferir mental, física e emocionalmente as atletas femininas" de ténis.
Em defesa da USTA, Chris Widmaier, porta-voz da organização, garantiu que esta trata "com absoluta seriedade e urgência" qualquer denúncia de práticas abusivas e recordou que "o infrator foi suspenso no mesmo dia" da acusação.
Anibal Aranda, suspenso de funções durante dois anos pela USTA, pelo que não pode frequentar instalações/eventos sob tutela desta organização de ténis, negou o sucedido ao dizer que "nunca toquei na vagina" de Kylie McKenzie, "nem de forma inadequada" no corpo, acusando a tenista de "prestar afirmações destorcidas".