Portugal terá os mesmos do Rio - Marcos Freitas, Tiago Apolónia, João Monteiro, Fu Yu e Jieni Shao - e tem ficado... à porta do pódio.
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Chegar às medalhas será tarefa complicada, mas sair de Tóquio com um diploma parece algo abordável por parte dos maiores pilares da história do ténis de mesa português: Marcos Freitas, de 33 anos e 24.º do ranking mundial; Tiago Apolónia, 35 anos no próximo dia 28 e 59.º mundial; João Monteiro, 38 anos no dia 29 de agosto e 78.º ITTF.
O trio masculino tem carreiras longas, recheadas de importantes marcas, como os quartos de final em Londres"12 (equipa) e Rio"16 (Marcos Freitas), sendo esta a quarta presença nos Jogos Olímpicos.
Tratando-se de uma das modalidades mais afetadas pela pandemia, visto ser disputada indoor, o calendário de 2020 ficou destruído ao terceiro mês e o da atual temporada foi sendo refeito. A preparação olímpica teve mais treino do que competição e Freitas, Apolónia e Monteiro aproveitaram a oferta do CAR de Gaia antes do embarque. Apesar da medalha de bronze no Europeu, em finais do mês passado, Marcos refere que com "mais oportunidades de competir" estaria melhor, pois "todos anseiam por mais competições, mas temos de lidar com a situação". "Com isso não temos a rotina habitual, como antes de outros Jogos", diz, assumindo o desafio: "A equipa trabalhou muito no CAR de Gaia, foi autorizada a presença de alguns jogadores estrangeiros e conseguiu-se criar um ambiente mais competitivo".
Ao contrário de Freitas, Tiago Apolónia tem apenas uma vitória olímpica em singulares e "apesar de a incerteza ter complicado um pouco a gestão", procura desvalorizar a falta de ritmo e aposta todas as fichas na prova por equipas. Ontem, o seu treino em Tóquio foi até com o chinês Ma Long, campeão olímpico em título e celebridade da modalidade.
Já João Monteiro estará apenas no coletivo e lembra que "felizmente, nos últimos anos, temos obtido grandes resultados e, se estamos à espera da pressão das pessoas por medalhas, é um bom sinal e significa que temos feito bem as coisas".