"Tenho o objetivo de jogar uma final four, mas também é possível no Sporting"
Salvador Salvador renovou pelo Sporting e falou a O JOGO, explicando que quer crescer juntamente com a sua equipa. Internacional A aos 19 anos, espera chegar um dia a finais europeias e aponta ao título nacional.
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Salvador Martinho Salvador tem 19 anos, é de Samora Correia, está no Sporting desde os infantis e renovou depois de um assédio por outros clubes que apelidou de "novela".
O lateral esquerdo de 1,98 metros falou em exclusivo a O JOGO depois de assinar o contrato ao lado de Miguel Afonso, do Conselho Diretivo, e José Guimarães, diretor do andebol.
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Como viveu estes dias, com notícias a dá-lo fora do Sporting e apontando-o a FC Porto e Benfica?
-Sabia que no Sporting as coisas se iriam resolver, mais tarde ou mais cedo. Sempre quis ficar. Estou num clube grande e sabia que o Sporting estava a tratar da minha renovação. Tanto a cabeça como o coração sempre me disseram para ficar cá e felizmente concretizou-se. Muitas das notícias estavam erradas, só faltava era esperar. Aos sportinguistas que sofreram um pouco posso dizer que a minha lealdade existiu sempre.
De onde vem esse amor ao Sporting, é de família?
-Por incrível que pareça, tenho um pai benfiquista e uma mãe portista. O amor ao Sporting veio do meu tio, que sempre gostou muito do clube e ajudou nesta renovação. Foi por ele que me fiz sportinguista e nunca tive dúvidas sobre o clube que amo.
É bastante novo e já muito cobiçado. Como se sente perante isso?
-É um privilégio. Posso ser cobiçado por muitos clubes, mas tento manter os pés assentes na terra, que nunca sei o dia de amanhã. A minha preocupação é trabalhar dia após dia. Tenho objetivos bem traçados para a minha vida e acho que agora dei um grande passo. Quero continuar a dar outros como este, mas para já sou só uma promessa. Espero ser dos bons jogadores portugueses.
Acredita que pode ficar para sempre no Sporting ou jogar no estrangeiro está no seu pensamento?
-Nunca se sabe o dia de amanhã. Adoro o Sporting. Posso vir a jogar no estrangeiro, mas por enquanto quero ficar cá. Ainda sou um miúdo, tenho muito a aprender e estou no clube certo para isso. Tenho objetivos de jogar no estrangeiro, de um dia jogar uma final-four, de estar ao mais alto nível. Mas também é possível no Sporting e tanto eu como a equipa vamos lutar para isso. Se for possível ficarei sempre cá. O tempo o dirá e o meu crescimento enquanto jogador também.
"Ainda sou um miúdo, tenho muito a aprender e estou no clube certo para isso. Onde chegarei o tempo o dirá e o meu crescimento como jogador também"
Está a começar uma segunda parte da época. Quais as metas do Sporting?
-Ganhar todos os troféus, a taça e também o campeonato, por muito difícil que pareça. Tivemos um mau dia no jogo com o FC Porto, mas há muito campeonato pela frente. Na Liga Europeia temos de pensar a cada jogo, para passar a fase de grupos e ir o mais longe possível.
Como é ser treinado por Rui Silva, um técnico novo num clube grande?
-Tem sido muito bom. Conheço-o há alguns anos e sempre se deu bem comigo e com a minha mãe. É bom ter um treinador jovem, que nos compreende perfeitamente. Ele adora treinar com jovens e para mim tem sido bastante bom - e também para os outros, claro.
Como é para um atleta viver os dias de pandemia? Deixou de conviver com amigos ou família?
-É bastante diferente. Com a família nunca deixei de conviver, até porque a primeira quarentena foi com eles e estava na altura a jogar no Boa Hora. Tentei preservar-me ao máximo, cumpro o distanciamento e com os amigos... tenho aqueles com que treino diariamente. Esta fase é alarmante. Precisamos de ter todos muito cuidado.
Já fez muitos testes à covid-19?
-Já lhes perdi a conta! Muito mais do que pensaria. Por um lado é bom saber que está tudo bem comigo e com os que estão próximos de mim; por outro, são tantos que uma pessoa habitua-se.
Já não sente a zaragatoa no nariz?
-Isso custa sempre. Mas uma pessoa já sabe ao que vai e torna-se mais tranquilo.