Jumbo-Visma pediu auxílio ao treinador do Manchester United, que Ronaldo diz não o "respeitar", para gerir as novas estrelas que contratou. Como bom neerlandês, o técnico do United gosta de bicicletas e em julho já tinha estudado com a Jumbo-Visma a tática para bater Pogacar no Tour. Agora, pediram-lhe para dizer como trata o plantel.
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"Como treinador, como lida com jogadores que ganharam tudo e de repente se encontram no banco?", perguntou Merijn Zeeman, diretor-desportivo da Jumbo-Visma, a Erik Ten Hag, treinador do Manchester United. Parece provocação, mas o responsável da equipa de ciclismo neerlandesa que ganhou a última Volta a França estava a falar a sério quando revelou à revista "Helden Magazine" ter ido a Inglaterra pedir conselhos sobre a forma de gerir as novas contratações, pois passou a ter excesso de estrelas e só pode levar oito ciclistas ao Tour. Só não disse qual foi a resposta do compatriota...
Esta não é a primeira vez que Ten Hag ajuda a principal equipa de ciclismo do seu país. Antes do último Tour, dera ideias para a elaboração da tática que levou a tripla Jonas Vingegaard, Wout van Aert e Primoz Roglic a derrotar Tadej Pogacar, obrigado a reagir aos ataques de demasiados adversários. "Ele é de um desporto completamente diferente, mas quisemos saber como faz as táticas, o que está por trás de um plano de jogo. Conversei com ele várias vezes sobre isso", dissera Zeeman à NOS. Agora, e em nova ida a Manchester, o tema foi totalmente diferente.
Tendo contratado Dylan van Baarle e Wilco Kelderman para um plantel de 29 corredores, e mantendo todos os oito que estiveram no triunfo do Tour, Zeeman tem excesso de qualidade para gerir. "O Erik Ten Hag também teve de lidar com isso no Ajax e agora é o mesmo no United", contou, longe de adivinhar o que Cristiano Ronaldo iria revelar sobre a equipa, como se percebeu pela sua opinião sobre mandar para o banco quem já tinha ganho tudo: "No passado, os atletas só tinham de aceitar. Havia uma menor atenção à abordagem humana; nos dias de hoje, acho que isso não é apropriado".