Tavira segue mesmo a solo, depois de os leões terem rejeitado um orçamento de 250 mil euros, já 150 mil abaixo do que estava acordado por ano.
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O Clube de Ciclismo de Tavira irá alinhar a solo em 2020, depois de as últimas negociações com o Sporting terem falhado. O JOGO sabe que os leões pediram um orçamento inferior ao praticado nos últimos quatro anos e os algarvios aceitaram baixar de 400 mil euros para 250 mil, considerando que tinham, ainda assim, capacidade para manter uma estrutura capaz de ombrear com W52-FC Porto e Efapel. O Sporting, no entanto, considerou incomportável o investimento, mesmo ficando os 250 mil euros longe dos quase 7,5 milhões que o clube gasta nas cinco principais modalidades de pavilhão: hóquei em patins, futsal, andebol, voleibol e basquetebol.
A pouca visibilidade internacional, pois as equipas portuguesas estão na terceira divisão mundial, foi uma das razões apontadas para a cisão, mas os recentes casos relacionados com doping - César Fonte, Rui Vinhas e Luís Mendonça estiveram suspensos e agora é Raúl Alarcón que está a ser investigado - terão levado a que os verdes e brancos vissem o ciclismo como modalidade de desconfiar.
Como O JOGO noticiou na altura, foi em junho que o Sporting começou a estudar o fim do protocolo, para, durante a Volta a Portugal, a separação do Tavira ficar praticamente decidida. Ainda assim, a crítica interna a Frederico Varandas, presidente do Sporting, levou Miguel Albuquerque, diretor das modalidades, a procurar um acordo.
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Consumada de vez a separação, o Tavira procurará agora reunir apoios a tempo - a maioria das equipas tem já o plantel encerrado - para manter os principais nomes, nomeadamente Frederico Figueiredo e Alejandro Marque, principais apostas para liderar a equipa na Volta a Portugal.
As saídas de Tiago Machado, que mudou para a Efapel, Rinaldo Nocentini, que termina a carreira, e Nicola Toffali, para os húngaros da Epower Factory, já tinham permitido baixar os salários de um plantel que tinha 14 corredores e agora deverá rondar a dezena.