Colombiana Andrea Dominguez tornou-se, em Portimão, a primeira mulher da história do aquabike a competir na classe runabout, a mais exigente e dura da especialidade
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Andrea Dominguez é colombiana, tem 24 anos e anda nas motos de água desde os sete. Participou, em Portimão, no Grande Prémio de Portugal, de aquabike, prova pontuável para o Mundial, tornando-se a primeira mulher na história a competir em runabout, a classe rainha da especialidade. Uma proeza, como Paulo Ferreira, presidente da Federação Portuguesa de motonáutica, sublinhou, atendendo à dureza de uma prova tão exigente. "É um grande orgulho competir numa categoria maioritariamente masculina, demonstrando, ao mesmo tempo, que uma mulher tem condições para o fazer", afirma Andrea a O JOGO, garantindo que "é preciso ter cabeça e coração" para conduzir uma "máquina" tão potente. Ao lado do pai, que a acompanha para todo o lado e é o treinador da seleção da Colômbia, a jovem explica, em traços largos, a sua ascensão no aquabike.
"Fui ganhando provas, logo nos escalões etários mais baixos, e tomei cada vez mais o gosto por este desporto. Depois, tornei-me campeã da Colômbia e campeã sul-americana, competindo com as atletas mais credenciadas dos Estados Unidos". Andrea vive atualmente em Miami, onde treina e faz toda a sua preparação, mas tem já uma escola de iniciação no seu país, frequentada por 36 alunos.
"Sonhava estar aqui, com os melhores do mundo. Este ano é para aprender, para evoluir, mas quero chegar ao top 10 o mais rápido possível", atira, com a mesma desenvoltura de quem dirige uma moto de água de 400 cavalos. Paulo Ferreira confirma-nos toda esta história, enfatizando a carreira de Andrea. "É a minha primeira vez em Portugal e estou a adorar. Gente incrível, que gosta da modalidade, e, no circuito, encontrei bastante camaradagem. Está a ser tudo espetacular", conclui a colombiana, que terminou no 19.º lugar, entre 23 participantes.