"Só me interessava a W52-FC Porto"

A W52-FC Porto fez apenas 50 quilómetros para resgatar aquele que será provavelmente o seu principal reforço: Edgar Pinto, natural de Albergaria e de 33 anos, sai da Vito-Feirense para assinar pela equipa orientada por Nuno Ribeiro, uma mudança que, como confirma a O JOGO, era muito desejada: "Vou ficar na W52-FC Porto. Em Portugal, só me interessava a W52, por ser a equipa que oferece melhores condições, nomeadamente um calendário aliciante. Ficar no país era a melhor opção."

Edgar, um dos mais completos corredores do pelotão nacional, com dois quartos lugares na Volta a Portugal e a conquista, já este ano, da Volta a Madrid, era um desejo antigo de Nuno Ribeiro e tinha sido sondado antes de sair para o estrangeiro, quando abraçou o projeto da continental Skydive Dubai, pela qual correu nas épocas de 2015 e 2016. De Portugal, indica que tinha "uma outra proposta", mas garante: "Nem Efapel nem Sporting-Tavira me abordaram."

O corredor de 33 anos queria competir na segunda divisão do ciclismo mundial e a Caja Rural tentou-o. "Não chegámos a acordo, mas estou contente com este desfecho e não escondo que me anima o facto de a W52-FC subir ao nível Pro Continental", assevera sobre a promoção, que os portistas já completaram e que será anunciada dentro de dias pela União Ciclista Internacional: "A equipa está a contratar atletas indo nessa direção. Ainda não está oficializado mas está resolvido. Não há limites de profissionais continentais."

Edgar destaca-se a subir, brilha em rampas e faz bons contrarrelógios, sendo por isso um trunfo importante para os dragões, que ainda só confirmaram a entrada do rápido Daniel Mestre (Efapel). Pinto garante estar pronto para cumprir dois papéis: "Vou com o objetivo de lutar por vitórias, ser líder, mas também trabalharei para os meus colegas. Irei para ajudar e ajustar-se-á o calendário ao plantel."

Nos dragões, que irão subir o plantel de 12 para 15 corredores, Edgar Pinto vai somar-se a um lote único de vencedores da Volta a Portugal - Raúl Alarcón, Gustavo Veloso, Rui Vinhas e Ricardo Mestre -, mas o aumento do calendário internacional permitirá oportunidades para todos.