Situação complica-se para Romano Fenati: investigação por tentativa de homicídio
Federação Internacional de Motociclismo quer ouvir o piloto de Moto2 sobre o incidente de domingo, mas o pior é em Itália, onde pode responder criminalmente.
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Está cada vez mais complicada a situação de Romano Fenati, que no domingo deitou a mão ao travão dianteiro da moto de um adversário, em plena corrida de Moto2 e a mais de 200 km/h. Depois de ter sido suspenso por duas corridas, despedido da equipa deste ano e da do próximo e de ter, inclusivamente, decidido abandonar o motociclismo, o piloto transalpino está agora a braços com a Justiça. O Ministério Público de Rimini, região onde se disputou o GP de S. Marino de domingo, abriu uma investigação ao sucedido, que pode culminar com uma acusação por tentativa de homicídio ou, pelo menos, de tentativa de agressão.
Por outro lado, ao nível desportivo, a própria Federação Internacional de Motociclismo decidiu também intervir e já convocou o piloto para uma audição. "Tendo em conta o escandaloso ato do senhor Fenati, a FIM decidiu aguardar algum tempo para refletir com serenidade sobre o incidente, que provocou grande consternação no mundo do motociclismo e não só. A FIM decidiu convocar o piloto à sua sede, na Suíça, para discutir a situação com ele antes de tomarmos alguma ação que se considere oportuna", anunciou o organismo que superintende a competição mundial em duas rodas. Romano Fenati já confirmou a presença na audição, que terá lugar na próxima semana.
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Depois das ondas de choque iniciais e do rol de críticas ao comportamento agressivo do italiano, vários atuais e antigos pilotos do Mundial, como Toni Elias ou Álvaro Bautista, entendem que a situação já está a ser demasiado empolada e começam a pedir a defesa do homem. Toni Elias, que em 2004 foi vítima de uma ação semelhante por parte de Fonsi Nieto, considera que "é injusto destruir a sua carreira". Apesar de considerar que a atitude de Fenati "é indesculpável", Elias lembra que foi por isso que já foi sancionado com duas corridas de suspensão. "É jovem e tem de aprender. É óbvio que tem um problema de autocontrolo", aponta. "Mas, para isso podem ajudá-lo" com um psicólogo.