Campeão olímpica reagiu com profunda amargura à morte do negro George Floyd, que foi asfixiado por um polícia no final da semana passada
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Além de bi-campeã olímpica (100 livres e 4x100 estilos) no Rio'2016 e co-autora de seis recordes mundiais de estafetas, Simone Manuel tem a particularidade de ter sido a primeira afro-americana a ter conseguido conquistar o olimpo. O que, num desporto esmagadoramente dominado pela população branca lhe confere uma relevância especial sempre que decide falar.
A nadadora de 23 anos, natural do Texas, associou-se a vários outros nadadores profissionais para se indignar contra o assassinato de George Floyd, um negro morto por asfixia a semana passada por um polícia e cujo vídeo rapidamente correu o mundo.
Na sua página de Instagram, desabafou: "Os dias parecem pesados e longos. É difícil não pensar no ódio que pesam sobre mim, o meu povo. Estou ferida. Estou cansada. (...) Não estamos juntos nisso!! Até onde chegamos realmente? Os tempos mudam. As datas do calendário mudam, mas o racismo ainda permanece".
Não poupando nas palavras ou a revolta que notoriamente a assaltam, a super-velocista americana, grande esperança de revalidação do título em Tóquio'2021 rematou: "As palavras "liberdade", "justiça" e "igualdade" são pronunciadas por muitos, mas nós realmente experimentamo-las? Não! Enquanto nação ainda temos que a aprender. E não o faremos até que todos nos unamos e lutemos por ele ... até que na verdade estejamos "todos juntos nisso".