Seleções femininas em trabalho conjunto: ganhar o presente e preparar o futuro
Seleções femininas de andebol de Sub-17, Sub-19 e AA estiveram a trabalhar durante quatro dias no Complexo Desportivo de Lamego. A ideia é fazer as mais novas aproximarem-se das consagradas.
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"Os períodos de trabalho das seleções muitas vezes coincidiam. No ano passado não foi possível juntarmos toda a gente, mas há alguns momentos em que me parece útil que todas estejam juntas", disse José António Silva a O JOGO, em pleno Complexo Desportivo de Lamego, no meio de um amplo e idílico arvoredo, onde se juntaram as equipas femininas de Sub-17, Sub-19 e AA.
José António Silva, a trabalhar com o adjunto de quase sempre, Serafim Borges, juntou Sandra Martins ao elenco técnico das seleções femininas. Nina é a selecionadora nacional das Sub-17.
"Aproveitamos para, dentro da equipa técnica, discutir ideias, assistirmos aos treinos uns dos outros e até confrontar alguns factos. Além disso, as mais novas beneficiam ao estarem em contacto com as mais velhas", explicou o selecionador nacional feminino, que, hoje e sábado, joga, com a equipa principal, a primeira mão do primeiro play-off de acesso ao Mundial de 2023.
"As mais novas beneficiam da experiência das mais velhas e tentamos que, dessa forma, consigamos encurtar a evolução delas, antecipando alguns passos e dando-lhes algumas luzes mais", prosseguiu, explicando a seguir a integração de um novo elemento na equipa técnica.
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"Tivemos necessidade de reformular os nossos quadros neste intervalo de tempo e a Sandra Martins, para mim a Nina, que fui treinador dela na Seleção há muitos anos, é uma pessoa a quem reconheço uma enorme competência. É um belíssimo reforço para as seleções nacionais", anunciou.
"É bom estar de volta, é regressar a uma casa que conheço e é bom também porque o convite foi feito por uma referência para mim, eu fui atleta do professor José António e sempre acompanhei a carreira dele como treinador", confirmou Nina, selecionadora das Sub-17. "Estou a trabalhar no sentido de preparar atletas que venham a integrar a seleção principal, vamos trabalhar em conjunto e da melhor forma", garantiu.
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Na equipa A, Mariana Lopes é um dos nomes mais fortes. Está a cumprir a sétima temporada fora do país, primeiro duas na Suécia e vai na quinta na Alemanha, no Bayer Leverkusen. "A maior pressão que sinto é aquela que coloco a mim mesma. Imagino que seja superior aquela que os outros me possam colocar. Isso não me preocupa, mas sim estar à altura daquilo que eu sei fazer", referiu. "Queremos chegar a uma fase final e sinto que estamos muito próximo de o conseguir", concluiu.