Técnico do ABC, Fernando Fernandes, é o líder e falou com O JOGO sobre o trabalho para a CAN
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“O andebol de Cabo Verde ainda tem muitas carências técnico táticas, o que acaba por ser um entrave ao trabalho coletivo e à implementação de um modelo de jogo”, contou-nos Fernando Fernandes, treinador da equipa feminina do ABC há oito anos, há dois a liderar também esta seleção africana, que se encontra em Rio Maior a preparar a participação na CAN. “Nestes dois anos, porém, já houve uma evolução, uma vez que muitas atletas passaram a jogar fora e evoluíram, tornando mais fácil o trabalho da Seleção”, reconheceu o natural de Braga, de 40 anos.
Mas há outras dificuldades. “A realidade do andebol cabo-verdiano não permite a realização de muitos estágios, por isso o trabalho com as atletas acaba por ser complicado e reduzido”, revelou ainda Fernando, que tem Alexandre Monteiro como adjunto, e os locais Dara Gamboa (fisioterapeuta) e Beto (diretor-técnico) no apoio. “Tivemos três dias no torneio da Batalha, agora temos uma semana em Rio Maior, que são dez treinos, para, em dois anos, preparar a presença numa CAN”, sustentou. De qualquer forma, o técnico luso mostra-se firme. “Temos um excelente grupo, a trabalhar bem, assimilando o modelo de jogo, o que nos deixa confiantes num bom desempenho”, justificou.