A seleção nacional de karaté participou com 12 atletas no campeonato do mundo de cadetes, juniores e sub21, em Santiago do Chile, numa prova que contou com 1557 atletas oriundos de 95 países. Bronze de Vasco Melo "sabe a muito pouco".
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A comitiva portuguesa que marcou presença no Mundial de cadetes, juniores e sub-21 de karaté regressa na tarde desta terça-feira a Portugal. A medalha de bronze alcançada por Vasco Melo (cadetes, kumite - 70kg) coroou a participação lusa no Chile, nação que atravessa graves convulsões sociais. Na hora de balanços, Joaquim Gonçalves dá conta dos momentos vividos. "Numa competição com um elevado grau de dificuldade e debaixo de uma forte crise social no Chile, a Seleção Nacional viveu um cenário assustador e desolador, ficando privada de sair do hotel e com limitação no acesso a alguns bens essenciais.
Uma das maiores privações que passámos foi a interdição da equipa nacional no acesso ao pavilhão desportivo para que pudéssemos apoiar-nos uns aos outros. Infelizmente, foi decidido o acesso restrito apenas aos atletas que competiam no próprio dia. Perante as circunstâncias fomos obrigados a reorganizar comportamentos e a definir dia a dia o nosso programa", revela o diretor técnico nacional.
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Independentemente dos fatores extra-competitivos, para Joaquim Gonçalves, "Portugal exibiu-se a grande nível, em kata e kumite, colocando 8 atletas numa das melhores classificações de sempre". "Este desempenho atinge ainda maior dimensão, pois a Seleção colocou 4 atletas na disputa de medalha e classificou dois atletas em sétimo lugar", analisa, lembrando os quintos lugares de
Afonso Azevedo, Tiago Duarte e Catarina Rodrigues. "Estes resultados acabaram por saber a muito pouco, considerando a qualidade competitiva que Portugal demonstrou neste Campeonato do Mundo frente a grandes potências do karaté", vinca.