Sébastien Ogier não espera dominar em Portugal: "Parâmetros deste rali são diferentes"
Francês da Toyota esteve na terça-feira a fazer testes na zona de Boticas e desvalorizou as hipóteses de bater o recorde de cinco triunfos que partilha com Markku Alén. "Espero que eu e o Loeb possamos estar na luta da frente, mas os parâmetros deste rali são diferentes de Monte Carlo", diz o atual campeão mundial de ralis, que não ganha em Portugal desde 2017.
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A história entre Sébastien Ogier e Portugal é idílica. Foi em 2010, tendo 26 anos e fazendo a segunda visita, que se estreou a vencer no Mundial de ralis, para surpresa geral, pois corria ainda pela equipa júnior da Citroën e o campeonato era dominado pelo intocável Sébastien Loeb, que lhe deu luta até ao final dos 18 troços percorridos no Algarve.
Uma dúzia de anos depois, e em pré-reforma no WRC, regressa em busca do sexto triunfo no Rali de Portugal, que permitirá bater o recorde de Markku Alén e procura sem êxito depois do triunfo de 2017. Um dos seus rivais será Loeb.
"Espero que sejamos capazes de lutar na frente, mas os parâmetros deste rali são diferentes e não devemos dominar como no Monte Carlo", diz Ogier, que ontem testou pela primeira vez o novo Toyota Yaris híbrido em pisos de terra, em Sobradelo, Boticas.
O francês não terá mais oportunidades para conhecer melhor o carro, mas confessou que agora, correndo em part-time - não compete desde o Monte Carlo -, está "mais motivado nos testes e com muito para aprender". "Antigamente fazia isto mais contrariado, faltava alguma motivação, mesmo trabalhando sempre duro", explicou.
Para Portugal, Ogier sabe que os pilotos das novas gerações, como os seus colegas Kalle Rovanpera, líder do Mundial, e Elfyn Evans, que vão para a quarta prova com os Rally1, terão mais hipóteses. "Também há o Dani Sordo, não estamos mal de pilotos da geração anterior. Será um rali apaixonante", afirmou, reconhecendo que a idade o ajudou a aceitar melhor ter sido batido por Loeb em Monte Carlo.
"É o rali que mais gosto de ganhar, mas ele esteve super e mereceu. No início da carreira, teria sido muito difícil aceitar", admitiu, recordando os anos em que os dois "Seb" não eram... grandes amigos.
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