Troca de patrocinadores para a Anicolor-Tien21 era esperada e Rúben Pereira mantém aposta internacional
Corpo do artigo
Rubén Fernández e Harrison Wood chegaram da Cofidis, Mason Hollyman da Israel-Premier Tech e Xavier Cañelas da Euskaltel-Euskadi, num reforço sem precedentes para uma equipa portuguesa, mas a atual equipa de ciclismo Anicolor-Tien21 abriu a época com uma inesperada troca de patrocinador principal, rescindindo com a Sabgal. “Já prevíamos. Foram meses de uma batalha dura, pois legalmente não conseguimos rescindir antes”, revelou, a O JOGO, o diretor desportivo Rúben Pereira.
Saída da Sabgal não diminuiu as ambições da maior equipa portuguesa da atualidade, que tem 15 corredores e pelo menos mais oito saídas no seu programa, que pretende continuar a aumentar.
Tendo 15 corredores, a equipa de Águeda conta 12 caras novas, numa renovação nunca vista. “Alguns saíram porque foi preciso, outros não contávamos, como o Julius Johansen, que foi para a UAE. Recuperamos o Pedro Silva e o Fábio Costa, que achávamos importante ter na equipa, e o objetivo foi sempre ter um grupo a pensar no futuro. Havia a ideia de fazer uma reforma. Temos uma equipa jovem, mas homogénea e pensada para os objetivos”, contou Pereira, que continua a entregar a liderança ao russo Artem Nych, vencedor da última Volta a Portugal.
“Já prevíamos a mudança. Objetivo é continuar a evoluir”
“Dá-nos confiança, é um ciclista muito fácil de trabalhar, pacífico e tranquilo, sabendo nós que nos momentos decisivos ele não falha”, refere o técnico, destacando ainda “o Rafael Reis, capaz de correr até aos 40 anos e um diretor desportivo dentro da corrida, porque o que se diz no autocarro ele faz na estrada”.
Correndo no domingo a Clássica da Primavera, na Póvoa de Varzim, a Anicolor-Tien21 terá depois o GP Miguel Indurain, a Volta às Astúrias, os Quatro Dias de Dunquerque, o Alpes Isère e, no final de época, a Volta à Grã-Bretanha, num programa inédito. “Iremos manter o calendário internacional e inclusive abrir mais portas. O objetivo é continuar a evoluir, aumentando o número de corridas fora, apesar de isso obrigar a um orçamento elevado, porque certas competições dão prejuízo”, garantiu Rúben Pereira.
“Fernández será importante”
Contratando quatro corredores em escalões superiores, a Anicolor-Tien21 espera bastante de alguns deles. “O Rubén Fernández aporta muita experiência, será importante em momentos cruciais e na alta montanha pode estar com os melhores. O francês Alexis Guerin acredito que será dos melhores do nosso pelotão, é um corredor agressivo, que se enquadra na forma de correr em Portugal. O Harrison Wood ainda é jovem e com bastante potencial”, refere Rúben Pereira.