Plantel da próxima temporada contará com 14 ciclistas, terá reforços estrangeiros e correrá em duas frentes
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Sabgal-Anicolor é a nova designação da equipa portuguesa mais vitoriosa das últimas três temporadas - 21 triunfos este ano, 30 no anterior e 20 há dois - e a mudança de patrocinador principal vai mesmo representar uma aposta reforçada, como fora anunciado durante a sua apresentação. A formação dirigida por Rúben Pereira tenciona correr em duas frentes já em 2024, estando para isso a planear um plantel com 14 corredores, incluindo alguns reforços com grande experiência internacional.
A Sabgal manterá o núcleo duro que estava na Glassdrive-Q8, Mauricio Moreira, Frederico Figueiredo, Rafael Reis, Luís Mendonça e Artem Nych, mais o jovem Duarte Domingues, perdendo cinco ciclistas. O primeiro dos reforços sonantes, já adiantado por O JOGO, deverá ser André Carvalho, famalicense de 26 anos que fez três épocas na Cofidis e estava emigrado há cinco.
Ainda em negociações estão Oliver Rees, britânico de 22 anos da Trinity Racing que já fez a Volta a Portugal, discutindo três etapas, e se anuncia como bom contrarrelogista e razoável sprinter, e o dinamarquês Mathias Bregnhoj, da luxemburguesa Leopard, equipa que anunciou o seu fim há dias. Este tem 27 anos e, ao somar quatro triunfos internacionais esta época, tornou-se bastante pretendido.
“São corredores da lista dos que nos interessam, mas é prematuro dizer que serão reforços, pois possuem vários convites”, respondeu Rúben Pereira, quando confrontado com os dois nomes. A Sabgal-Anicolor ainda espera, sublinhou, “uma maior definição do mercado internacional, por enquanto com muitos corredores em negociações”, para fechar o seu plantel.
A única entrada já garantida será a de Gabriel Baptista, júnior formado na Seissa e que, na última época, obteve excelentes resultados em pista pela Landeiro-ACR Roriz, podendo ser contratado mais um português no pelotão de sub-23.
Apontando a 14 corredores, número pouco comum em equipas nacionais, a Sabgal-Anicolor tem a intenção de “duplicar o calendário”, diz Pereira, estando a negociar a presença em várias provas espanholas e prevendo ainda correr em França, Bélgica e Dinamarca. A subida ao escalão ProContinental é uma meta a médio prazo. “A próxima época servirá como um ensaio. O crescimento do projeto tem de ser feito aos poucos, de forma pensada”, explicou o diretor-desportivo.