Federação russa foi banida pela Agência Mundial Antidopagem (AMA) de participar nos próximos dois Jogos Olímpicos (Tóquio e Pequim), devido a um programa de doping.
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Os atletas russos apurados vão competir sob o nome e bandeira do Comité Olímpico da Rússia nos próximos dois Jogos Olímpicos, a começar pelo Tóquio2020, adiado para este verão, anunciou, esta sexta-feira, o Comité Olímpico Internacional (COI).
Com a Rússia banida pela Agência Mundial Antidopagem (AMA) de participar, devido a um programa de doping com ligações ao Estado russo, os atletas que se conseguirem apurar vão competir sob o acrónimo "ROC', que representa o Comité Olímpico daquele país.
A bandeira, o hino russo e a designação do país estarão ausentes dos Jogos de Tóquio2020 e Pequim2022, estes de inverno, numa decisão mantida pelo Tribunal Arbitral do Desporto devido à manipulação de uma base de dados dos testes realizados no laboratório de Moscovo.
Este acordo entre AMA e COI permite evitar a palavra "neutro", e o acrónimo "ROC" o uso da palavra Rússia, uma das exigências da agência nas negociações, depois de, nos Jogos de inverno de Pyeongchang2018, terem sido designados de "atletas olímpicos da Rússia".
"O Comité Olímpico da Rússia vai submeter uma peça musical para ser interpretada nas cerimónias relevantes", acrescentou o COI.
Os russos dizem já ter enviado uma proposta, no caso a música "folk' de tempos soviéticos "Katyusha", associada ao combate aos nazis durante a II Guerra Mundial.
A utilização da designação federativa tem sido a mais utilizada nos vários desportos, com a mais dura de todas a ser a federação internacional de atletismo, em cujas provas os russos participam como "atletas neutros autorizados".
A Rússia também está barrada de receber ou candidatar-se a receber eventos até dezembro de 2022, com a sugestão de que eventos já atribuídos fossem cancelados a menos que tal fosse "legalmente impossível".
A Federação Internacional de Escalada disse, esta sexta-feira, que vai manter Moscovo como sede dos Mundiais de setembro, um mês depois de a modalidade fazer a estreia olímpica, enquanto na luta livre a atribuição do Mundial russo passou para 2023.
A FIFA não se pronunciou, contudo, sobre a disputa do Mundial de futebol de praia de 2021, marcado também para a capital russa.