A equipa de Rui Vinhas mudou pouco, o que significa continuar forte, e a prazo terá ambições internacionais. Já na próxima época, tem de estar de olho no Sporting e não esquecer Paulinho
Corpo do artigo
Rui Vinhas "respeita os adversários", mas olha primeiro para dentro. E o que vê, na W52-FC Porto, agrada-lhe.
A W52-FC Porto perdeu o Rafael Reis e terá o Amaro Antunes. O que muda?
-Muda pouco, embora sejam ciclistas distintos. São ambos bons. O Amaro é corredor para provas por etapas, o Rafael era mais contrarrelogista, embora tivesse ganho o Grande Prémio JN. Continuará a ser uma superequipa, mas teremos de trabalhar. O ciclismo não se faz de nomes, mas de trabalho. Espero mais um bom ano.
Falando em nomes, o Sporting juntará Joni Brandão, Alex Marque e Rinaldo Nocentini. Será o grande adversário?
-Acredito que sim. Todos eles já deram provas de ser bons. Mas temos é de nos preocupar com o nosso trabalho.
Como analisa o regresso a Portugal do Sérgio Paulinho, para a Efapel?
-É bom para o ciclismo português, embora ele merecesse continuar mais dois ou três anos nas maiores equipas. Talvez esta não fosse a opção que ele mais desejava, mas tê-lo é bom para o nosso pelotão.
Irá discutir a Volta?
-Falta saber que nível apresentará. Ele só correu uma ou duas vezes a Volta. Mas há que ter cuidado com ele.
Ele vem de uma equipa WorldTour. Sonhou correr em alguma?
-Todos nós o fizemos. Agora, a idade já se nota e não penso tanto nisso.
É possível o FC Porto chegar a esse patamar?
-Gosto de pensar que sim. Quem sabe já em 2018 a equipa subirá de escalão, para Continental Profissional, e mais tarde poderá pensar em voos mais altos. Mas sei que o WorldTour exige muito dinheiro; embora difícil, seria histórico.
Como Continental Profissional, a equipa já poderia pensar numa Volta a Espanha. Seria perfeito?
-Esse é o sonho de qualquer corredor português. Da forma como a equipa está montada, e tendo pessoas de muita qualidade à frente do projeto, esse não é um sonho impossível. Estamos no bom caminho.