Capitão da Seleção atendeu O JOGO e fez uma análise à presença no Campeonato do Mundo em que foi 13.ª.
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Depois de ter descansado um pouco, Rui Silva, capitão da Seleção Nacional de andebol, atendeu a chamada de O JOGO com a disponibilidade que lhe é característica. Mesmo acabado de chegar de um Campeonato do Mundo em que as Quinas queriam superar a melhor classificação da história, o 10.º lugar do Egito"2021, e não o conseguiram.
"Fica sempre a sensação de que podíamos fazer um pouco mais. Sabíamos que o grupo na primeira fase era muito complicado, mas conseguimos fazer o mais difícil, ao passar para o Main Round em primeiro e com vantagem sobre os adversários. Depois só dependíamos de nós. O Brasil tinha boa equipa, mas a responsabilidade de ganhar o jogo era nossa e não conseguimos", resumiu o central.
"Eles têm bons jogadores e faltou-nos alguma energia, acabámos por entrar no ritmo deles. Infelizmente, fizeram com que não tivéssemos o controlo da partida e andámos ao sabor do vento do Brasil", assumiu Rui sobre o jogo cujo resultado foi determinante para uma saída precoce do Mundial.
"Foi um encontro que podia cair para qualquer dos lados. Ia cair para nós, mas, de repente, tudo mudou. A decisão é correta, porque o Alexis está adiantado, mas tudo o que anda à volta da questão VAR é complicado porque nunca se sabe quando podem ou não entrar em ação. É simplesmente aceitar e seguir", aconselhou. Porém, não deixou de ferir os Heróis do Mar: "Foi duro, queríamos muito ganhar o jogo pela importância que tinha para avançarmos para os quartos de final, além disso, estava a ser difícil e acabámos por festejar uma vitória que não se deu. Foi um golpe mesmo duro".
Mas, afinal, qual é a verdadeira Seleção Nacional, a que sentiu dificuldades com os brasileiros, ou a de anteontem, a que fez uma bela exibição com a Suécia? "É um misto das duas. Ainda não conseguimos acertar todos os pequenos detalhes, precisamos ser mais constantes", respondeu.
Medalha é sonho que está vivo
Com 29 anos e depois de ter dito, em grande entrevista a O JOGO, que, enquanto desportista, se cuidava, Rui Silva mantém a esperança de vir a conquistar um pódio pela Seleção Nacional. "O sonho de ganhar uma medalha continua vivo. Sei que a dificuldade é grande, todos sabemos por experiência própria, mas na minha carreira já consegui objetivos coletivos que nunca esperava conseguir e, com este crescimento, ano ano, é cada vez mais possível", disse. "Uma coisa é certa, não somos inferiores a ninguém", sublinhou.