Rui Oliveira lembra ouro olímpico em Paris: "De um dia para outro, o chip mudou"
Ciclista Rui Oliveira celebra "marco histórico" do ouro olímpico em madison em Paris'2024
Corpo do artigo
O ciclista Rui Oliveira assinalou este domingo o “marco histórico no desporto e no ciclismo português” conseguido há um ano nos Jogos Olímpicos, com a conquista da medalha de ouro em madison, em equipa com Iúri Leitão.
“Fazer parte dos seis atletas portugueses que conquistaram uma medalha de ouro nos Jogos Olímpicos é algo difícil de descrever. Foram mais de 10 anos a lutar para levar Portugal à estreia olímpica na nossa modalidade”, escreveu o atleta, nas redes sociais.
Depois de Carlos Lopes, Rosa Mota, Fernanda Ribeiro, Nélson Évora e Pedro Pichardo, todos no atletismo, Portugal conseguiu um título olímpico numa outra modalidade em Paris'2024, um feito ainda mais valioso pelo facto de Rui Oliveira ter falhado a ida a Tóquio'2020 por um lugar e por não ter o irmão Ivo a seu lado na pista quatro anos mais tarde na capital francesa.
O corredor gaiense recordou os “contratempos e frustração” por não ir ao Japão e a tristeza por não estar em França “com as pessoas que também sofreram e fizeram um caminho tão ou mais difícil”.
“É a maior e mais importante competição do mundo, que só acontece de quatro em quatro anos, e ver tantos atletas que às vezes sacrificam a sua vida inteira para conseguir lá estar e no final não poderem ir é triste. Mas a vida é mesmo assim. Felizmente, de um dia para o outro o chip mudou (….) e decidi dar o melhor de mim e correr por todas aquelas pessoas com que eu queria estar lá”, contou.
O ciclista de 28 anos da UAE Emirates destacou o “maior orgulho” que foi ter os pais e irmãos no velódromo e a “alegria e carinho” de todos os que celebrarem nesse dia e meses seguintes pelo feito da dupla.
“Nunca vou esquecer a experiência proporcionada por todo o Comité Olímpico de Portugal e por todos aqueles que trabalharam de perto connosco diariamente, na sombra, sem nunca exigirem nada mais que o nosso melhor”, garantiu.
O ciclista assumiu que o desporto e o ciclismo podem ser “duros e cruéis”, retribuindo, no entanto, com “momentos únicos”.
Prometeu continuar a trabalhar para “evoluir sempre como atleta e como pessoa”.
“Obrigado Iuri por tudo o que fizeste por mim e por aquele dia inesquecível. Para sempre!”, concluiu.