Declarações de Rui Neto, treinador do Óquei Barcelos, após a conquista da Liga dos Campeões de hóquei em patins, ao bater o FC Porto nos penáltis
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Conquista da Liga dos Campeões: "Um dos grandes responsáveis de manter sempre viva a chama foi o Pol Manrubia, desde que ele chegou, e depois eliminámos o Sporting, que ele disse que íamos ser campeões da Europa. Que íamos ganhar a Liga dos Campeões, por isso estávamos com essa alma. Tivemos essa palavras sempre na cabeça. Claro que depois de eliminamos o Noia, era possível hoje. Antes de mais, e porque é justo que o faça, tenho que dar os parabéns ao nosso adversário, porque fez um belíssimo jogo também e isto podia ter caído para o nosso lado, mas também para o do FC Porto. Eles começaram melhor, criaram algumas situações, nós demoramos a encaixar, na segunda parte já fomos mais iguais a nós próprios e até podíamos ter resolvido o jogo mais cedo, não sei se seria justo, se não seria, mas depois nos penáltis, independentemente da convicção do que vai ou não acontecer, eu tinha a certeza que o meu guarda-redes ia defender muitos panáltis. Se depois os íamos marcar ou não, já não sabia."
Título chegou: "O que sinto é o reconhecimento do meu trabalho, afinal tenho capacidade para alguma coisa. Durante algum tempo andaram-me a fugir títulos, quando foi a Supertaça disse que já não era o treinador do quase, mas agora já sou campeão europeu de clubes. Não sei se conseguirei ser campeão nacional. Muito orgulhoso do trabalho que eu faço e que os meus jogadores desenvolvem."
Plantel: "Um dos grandes vetores desta conquista é o grupo que eu tenho, um verdadeiro grupo, são dez jogadores, mais o meu staff, eu, o meu adjunto, um analista de vídeo, o meu fisioterapeuta, o meu mecânico, o meu diretor, somos uma família para os bons e maus momentos e para quando é precisp estar lá. E a estrutura que nos permite andar nisto. Vai ficar na história do clube, mas a mensagem que eu passei aos meus atletas foi tão simples quanto isto: 'Vocês não queiram ficar na história do clube', queiram fazer história para vocês próprios, eu consegui vencer e o resto é consequência. Tive que apertar um bocadinho com eles ao intervalo, o FC Porto foi superior na primeira parte, a equipa estava amarrada, tensa e sem alma, foi o que lhes disse ao intervalo."
Os jogos da final four: "Preparei a semana toda o jogo com o Noia, eles têm uma forma de jogar muito específica. O jogo com o FC Porto foi apenas um vídeo de três/quatro minutos a falar de algumas situações, o Carlo [Di Benedetto] e o Gonçalo [Alves], mas este foi o sétimo jogo com o FC Porto, estamos fartos de nos conhecer. A diferença? No tempo em que eu jogava, o trabalho de pista era 80% do que fazia a diferença, hoje em dia é 20% e o resto é conduzir homens, observação e saber tomar decisões."
Os alunos: "Coitados dos meus alunos, já marquei testes para a manhã e a tarde para não ter de me chatear muito. Matemática e informática. Gosto muito deles e não vou faltar."