Aos 22 anos, o fixo do emblema da Beira-Baixa tem vindo a confirmar todo o potencial e exibe-se como um dos grandes valores do futsal português. Na Desportiva, a juventude é marca vincada de um projeto que tem catapultado vários craques para outros voos e o internacional jovem português deseja ser mais um desses casos de sucesso.
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O futsal foi sempre a escolha de eleição de Rui Moreira e a história de como tudo começou assemelha-se a tantas outras. "Surgiu de uma forma muito natural e por influência familiar. O meu avô era treinador no ABC Nelas e o meu tio, o Gonçalo Sobral, jogava lá. Eu ia com eles para o pavilhão e rapidamente fiquei fã. Desde pequeno apanhei o gosto pelo futsal", conta a O JOGO o fixo do Fundão.
O internacional português, de 22 anos, tem consolidado o nome no futsal luso e, no currículo, tem já passagens por clubes como ABC Nelas, Sporting e Benfica. Atualmente, dá nas vistas ao serviço da Desportiva, emblema que terminou em sétimo lugar na fase regular e caiu nos "quartos" da etapa de apuramento de campeão. "Foi uma temporada atípica para o Fundão. Começámos mal a temporada, pois tivemos muitas lesões e muitos jogadores de fora. Todavia, o grupo uniu-se e terminou o ano da melhor forma e na sua melhor fase", sublinha o fixo, que apontou três golos em 18 jogos, esta época. "Apesar dos altos e baixos, cresci muito esta temporada e a evolução é notória. O meu contributo foi positivo", assinala.
Os elogios ao Fundão são muitos. Desde a integração facilitada no primeiro ano à crescente responsabilidade acumulada ao longo destes anos, fruto do trabalho e dos bons resultados. "Vou para a minha quarta época aqui e sinto-me muito bem. O grupo é impecável e muito coeso, o que torna tudo muito mais fácil. Na formação de jovens, o Fundão é um clube diferenciado. São muitos os craques que saíram daqui e voaram para grandes emblemas e grandes ligas", diz Rui Moreira.
O fixo concilia os estudos com o futsal de alto nível, admitindo ser um "desafio desgastante" e reconhecendo que "é preciso ser-se um verdadeiro apaixonado pela modalidade".
Sonhava com a Seleção
Rui Moreira já vestiu as cores nacionais nas seleções jovens de sub-17, sub-18, sub-19 e sub-23, tendo participado no Mundial Universitário. Sobre esses momentos com as Quinas ao peito, o fixo recorda as emoções sentidas. "É uma sensação única e um orgulho. Consegui cumprir um sonho de menino. Sempre que vestia a camisola, arrepiava-me", conta a O JOGO.
Modalidade corre nas veias
As ligações familiares podem pesar mais do que chumbo. Rui Moreira é sobrinho de Gonçalo Sobral, jogador do Benfica. A modalidade corre nas veias da família. "É uma grande referência para mim e temos uma relação mesmo muito boa. Falamos muito e somos autocríticos. Quando nos defrontamos, há sempre aquela rivalidade saudável e ninguém gosta de perder, claramente", conta Rui Moreira a O JOGO.
Nesta caminhada prometedora, o fixo aponta outro jogador que, tal como o seu tio, embala os sonhos na modalidade. "Também aprecio muito o André Coelho. Comecei a vê-lo jogar no ABC Nelas e apaixonei-me logo pelo estilo e pela forma de encarar o futsal. Curiosamente, o Gonçalo e o André são fixos, tal como eu. Tive a sorte de observar de perto a magia destes craques", elogia.
O jovem de 22 anos tem percorrido o seu caminho com os pés bem assentes no chão, mas isso não o impede de sonhar. "Tenciono regressar a um clube grande e representar a equipa principal da Seleção Nacional. É algo que tenho em mente todos os dias e trabalho muito para isso", conclui Rui Moreira.