O atleta Rui Coelho, do Benfica, que conquistou hoje o título nacional de marcha em estrada, manifestou-se satisfeito com o desempenho na prova de 35 quilómetros disputada em Porto de Mós.
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"Partimos para esta competição com o objetivo de melhorar a segunda marca pontuável para o campeonato da Europa, que era cerca de duas horas e 48 minutos", disse o atleta, que completou a prova em duas horas, 44 minutos e 57 segundos, garantindo que vai "tentar estar presente, tanto no campeonato do Mundo, como no campeonato da Europa", em julho e agosto deste ano.
Relativamente à ausência de João Vieira, o atleta das águias garantiu que o único rival é "o relógio".
"Se o João Vieira estivesse presente ele havia de ter a mesma opinião, porque não vale a pena sermos apenas campeões nacionais quando o objetivo passa por estarmos numa grande competição. Não interessava ser campeão nacional com três horas, sabendo que precisava de baixar das duas horas e 45 minutos para tentar estar presente nas provas", asseverou.
O novo campeão nacional de 35 quilómetros reiterou, também, a ambição de estar presente na Taça do Mundo. "Conto nessa Taça do Mundo fazer bem melhor do que hoje e é para lá que vou preparar o resto da época", rematou.
Já Inês Gonçalves voltou a conquistar o título nacional de marcha em estrada no setor feminino, juntando, ainda, o ouro no escalão de veteranas.
"O tempo que fiz não estava dentro do que pretendia", atirou, de imediato, recordando as 02 horas, 55 minutos e 26 segundos registadas em novembro, tempo ligeiramente melhor do que as duas horas, 57 minutos e 27 segundos alcançadas hoje, em Porto de Mós.
A campeã do mundo de 50 quilómetros em 2017 disse estar bem fisicamente, mas destacou a dificuldade da prova.
"Estava muito vento e percebemos logo que iria ser um dia difícil. Ainda comecei com calma, mas, a partir dos 25 quilómetros, o vento era cada vez mais e então apostei só no título de campeã nacional. Se as condições fossem boas acreditava que na segunda parte conseguia fazer mais rápido, mas as circunstâncias não permitiram", notou.
Sobre os dois títulos alcançados em Porto de Mós, a atleta natural de Rio Maior foi rápida a desvalorizar o triunfo no escalão de veteranas: "Ainda me sinto sénior, com vitalidade para fazer algo mais", asseverou, acrescentando que o futuro passa pelo campeonato do Mundo de equipas, onde pretende fazer uma "marca verdadeiramente melhor", entre as duas horas e 52 minutos e as duas horas e 53 minutos.
Inês Henriques recordou os últimos dois anos "muitos difíceis", mas prometeu continuar a trabalhar com "a ambição de melhorar", desde logo, nas três provas de 35 quilómetros que ainda vai disputar este ano.
"Quero fazer os mínimos para o campeonato do Mundo de equipas. Tínhamos perspetivado para hoje, mas, infelizmente, não foi possível", completou.