Rotem Tene festeja na Volta: "É a primeira vitória de sempre em qualquer coisa"
Declarações no final da oitava etapa da 86.ª Volta a Portugal em bicicleta, disputada esta sexta-feira entre Ferreira do Zêzere e Santarém, num total de 178,2 quilómetros
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Rotem Tene (vencedor da etapa): “Não é a primeira vitória profissional, é a primeira vitória de sempre em qualquer coisa, na verdade. Sinto-me bem, não estava seguro se conseguiria fazê-lo [ganhar] depois de tanto tempo na estrada. Passaram uns cinco anos desde que passei a elite. Tenho 24 anos e estou numa equipa continental. Não sabia se ainda conseguiria fazê-lo. Tinha pessoas que acreditavam mais em mim do que eu próprio. É uma sensação fantástica recompensá-los e a mim mesmo e finalmente tudo se conjugar. Temos sido fantásticos. Penso que a chave para todas estas vitórias [quatro da Israel Premier Tech Academy] é quão bem funcionamos como equipa. Vim aqui para ser um trabalhador de equipa, não planeei ganhar aqui. O segredo para ganhar hoje foi não estar preocupado com a possibilidade de a fuga ser anulada, porque, se fosse, ainda ganharíamos no pelotão com o Brady [Gilmore]. Nós não queremos saber das vitórias pessoais, preocupamo-nos em ganhar como equipa”.
Artem Nych (líder da geral): “Está quase a acabar, mas faltam dois dias importantes, com uma chegada ao alto de Montejunto e o contrarrelógio em Lisboa. Amanhã [sábado], só preciso de manter estas diferenças, não preciso de atacar. Se outros atacarem, vou com eles na roda e já está. Ontem [quinta-feira], estava morto. Hoje, senti-me um pouco melhor, mas a etapa foi dura, rápida”.
Hugo Nunes (líder da montanha): “Ainda tenho que pedalar mais uns quilómetros até Lisboa, mas hoje acho que já vou dormir mais descansado, já sou virtualmente rei da montanha mais uma vez. Estou a repetir o feito de 2020, mas esta tem um sabor ainda mais especial. Tenho mais experiência, mas esta Volta também foi mais dura do que em 2020 [edição especial, com apenas oito etapas]. Estou mais contente por ter conseguido este feito. É uma Volta a Portugal de sonho. Nunca pensei ganhar uma etapa e ser rei da montanha. O objetivo era só a camisola azul. A etapa e a camisola azul, perfeito. Estes dias todos andei bastante emocionado, com as mensagens que recebo, com tudo. É muito bom”.
Nicolás Tivani (líder dos pontos): “Esta equipa iniciou [a etapa] com a mentalidade de tentar vestir a camisola laranja e ir passo a passo. Depois, tentámos ganhar a etapa, mas tive um problema na última curva e perdi. Mas estou contente porque o principal objetivo era vestir esta camisola e consegui. É uma recompensa pelos sacrifícios que fiz: de preparação, de estar longe de casa, da família, dos amigos. Mas esta equipa é uma família e torna isso mais fácil. [A camisola] É uma prenda para eles. Podemos terminar a Volta de uma maneira perfeita. [Desistência de Iúri Leitão] É uma pena, porque era um rival muito forte e gostava muito dele. Não o conhecia, conheci nesta Volta e é uma grande pessoa. Tem uma humildade que o caracteriza e por isso conquistou o que conquistou”.
Lucas Lopes (líder da juventude): “As sensações hoje foram boas, senti-me melhor do que ontem [quinta-feira]. Estou com a camisola, mas a Volta só acaba em Lisboa e até lá vou lutar ao máximo para segurar o tempo. A vantagem é de um minuto [para Zac Marriage], mas não me sinto muito confortável com este tempo. Vou procurar, quem sabe, melhorar ainda mais”.