Ciclista confirmou que vai sair da Jumbo-Visma. Esloveno terá princípio de acordo com a Ineos
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Primoz Roglic é o rei da subida do Giro dell"Emilia e venceu pela terceira vez a clássica italiana, que serve de preparação para o monumento último da temporada, a Lombardia. A vitória de Roglic é engrandecida por ter batido, nas duras pendentes de San Luca, o outro esloveno de maior destaque no ciclismo mundial: Tadej Pogacar, da UAE. Uma vitória fundamental para a Jumbo-Visma, que tem agora 63 triunfos na época, mais dez do que a Emirates, garantia de que vai terminar na frente em termos de vitórias.
"Adoro esta subida e gosto de mortadela", explicou Roglic, já habitual cliente do delicioso prémio que lhe é entregue pela terceira vez. O duelo promete continuar na Lombardia, porque Roglic quererá finalizar em beleza o seu tempo na Jumbo e Pogacar tentará arrecadar a clássica italiana pela terceira vez consecutiva.
"Daremos mais pormenores adiante, mas não vou continuar na Jumbo", declarou antes da partida Roglic, despedindo-se da equipa que o resgatou à Adria Mobil e que não duvidou de que teria capacidade para ser líder, apesar de ter sido um atleta cuja base nasceu nos saltos de esqui. O contrato válido para 2024 é rasgado e as partes chegaram a acordo porque Roglic sentiu a necessidade de liderar outro projeto, já que Jonas Vingegaard, bicampeão do Tour, é a arma a proteger na Jumbo. A situação começou a ficar fechada na Vuelta, quando Kuss assumiu a liderança e quando a equipa permitiu que Vingegaard atacasse de longe, tirando até o segundo posto a Roglic na geral individual.
Vencedor do Giro 2023, de três Voltas a Espanha, umsa Liège-Bastogne-Liège, o campeão olímpico de contrarrelógio é um dos mais completos voltistas da história, somando gerais no Tirreno-Adriático, Romandia, País Basco, Paris-Nice e Critério do Dauphiné. Desde 2016 deu 74 vitórias à Jumbo-Visma e o trabalho para ser voltista começou a ser afinado quando ganhou a Volta ao Algarve em 2017.
O Wielerflits reportou que a Ineos tinha-se aproximado de Tadej Pogacar e Evenepoel, da Quick Step, procurando um voltista. O nome de Roglic ganhou força nas últimas semanas, quando, com a saída do patrocinador Jumbo, a formação neerlandesa deixou claro que teria de deixar cair um de três nomes: Van Aert, Vingegaard ou Roglic.
A Ineos avançou e terá um contrato na ordem de seis milhões de euros e, O JOGO pôde apurar, que as partes têm um princípio de acordo para o futuro.
Desde a lesão grave de Bernal que a Ineos privilegiou encontrar um voltista de créditos firmados para voltar a ser protagonista no Tour. Thomas foi terceiro no Tour 2022 e Giro 2023, mas perderá o estatuto de líder no Tour para Roglic. O projeto Sky, recorde-se, ganhou quatro Tour de França com Froome, um com Thomas, Wiggins e o último com Bernal, já como Ineos, em 2019. Depois Tadej Pogacar e Vingegaard dominaram as quatro edições seguintes.
A Trek estava na corrida pelo atleta esloveno, mas terá privilegiado esperar por atletas que possam ficar livres mediante a fusão possível entre Visma e Quick-Step, tentando dotar a sua equipa de homens para as clássicas, de modo a potenciar Mads Pedersen.
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