Rodrigo Lopes foi eliminado nos Mundiais de judo.
Corpo do artigo
Tal como Catarina Costa, Rodrigo Lopes viu-se limitado no combate de estreia nos Mundiais de judo em Tashkent, no momento em que viu a segunda penalização no combate com o sul-coreano Harim Lee.
"As faltas desestabilizaram-me um pouco (...). Estava a tentar ter a iniciativa, mas ele estava a tirar a minha pegada e o juiz interpretou como se eu não estivesse a pegar. Quando "tomei" o segundo shido desesperei-me um pouco, acabei desconcentrando-me da tática e abri o jogo", explicou o judoca da categoria de -60 kg.
Rodrigo Lopes começou por ter uma desvantagem de "waza-ari" já perto do último dos quatro minutos e nos últimos segundos sofreu uma imobilização por parte de Harim Lee, judoca frente ao qual combateu pela segunda vez este ano e voltou a perder.
"Já tinha acabado o tempo, quando olhei já não tinha mais o que fazer", reconheceu o judoca, que se viu no chão nos últimos 20 segundos, sem capacidade de sair, levando mesmo a que a contagem de imobilização se iniciasse.
O judoca, que luta pelo apuramento olímpico com Francisco Mendes na categoria de -60 kg, perdeu a oportunidade de somar pontos nessa concorrência direta, face ao facto de o atleta de Coimbra ter falhado os Mundiais devido a lesão.
15227825
Rodrigo Lopes rejeita a ideia de confronto direto e diz que a coexistência dos dois estimula, em que um eleva o outro.
"O trabalho feito até aqui foi muito bom, não foi em vão e não vai ser desperdiçado. Daqui a 15 dias já tenho competição novamente, e agora é hora de sofrer e chorar tudo o que tenho chorar. Amanhã é outro dia, levantar e seguir o trabalho rumo às outras competições", disse.
Os Mundiais de judo decorrem até 13 de outubro na Humo Arena em Tashkent, com Portugal a ter ainda seis judocas em prova: Joana Diogo (-52 kg), Bárbara Timo (-63 kg) e Rochele Nunes (+78 kg), João Fernando (-81 kg), Anri Egutidze (-90 kg) e o bicampeão mundial Jorge Fonseca (+100 kg).