ENTREVISTA, PARTE III - Jorge Braz, selecionador nacional de futsal, não é supersticioso, mas revelou ter um hábito antes de jogos importantes: dormir uma sesta
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O que gosta de fazer antes dos desafios? Tem algum ritual?
-Já tive, agora não. O meu ritual é ser o mais simples e honesto possível. É preparar-me bem para o jogo. Ah! Tenho um ritual, sim. Durmo uma sesta se o jogo for à noite [risos]! Durmo como um santo! Em 2018, antes do jogo da final, dormi uma sesta para estar descansado durante o desafio. Tenho de dar importância ao que é importante. Estar bem, preparar bem o jogo e a equipa jogar muito bem. Temos de nos preparar muito bem para aquele momento. Mas, por exemplo, se os quartos de final forem às oito da noite, vou dormir uma sesta, de certeza [risos].
Jogo contra Espanha, no último Mundial, foi marcante para o técnico nacional
Há algum jogo que o tenha marcado mais?
-[Pensa uns segundos] No último campeonato do Mundo, o jogo com a Espanha marcou-me. Perder nos quartos de final é vir para casa. Passar é ficar até ao fim. Pode jogar-se a final ou não, mas fica-se até ao fim. É a barreira que dita o sucesso quase total ou o insucesso. Quando conseguimos empatar, quando vamos para prolongamento, pensei: “Aqui não podemos ficar, esta malta vai ter mesmo de acreditar.” E marcou-me essencialmente o respeito que senti de toda a gente, a forma como olharam para nós com respeito, por ver que Portugal é muito bom. Esse respeito dos adversários marcou-me muito. Por vezes não é só a medalha.