Ricardo Santos e Filipe Lima despedem-se do Quénia Classic entre a "desilusão" e "a falta de sorte"
Os golfistas portugueses estiveram discretos na prova africana, ganha por Daniel van Tonder.
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Ricardo Santos e Filipe Lima despediram-se com uma exibição discreta, traduzida em 72 e 73 pancadas, respetivamente, do Quénia Savannah Classic, que consagrou o sul-africano Daniel van Tonder como campeão no Karen Country Club.
O profissional algarvio contabilizou ao final das quatro voltas 280 pancadas (68+68+72+72), quatro abaixo do Par 71, e partilhou com o sueco Jens Fahrbring o 67.º lugar final, num dia em que Van Tonder conquistou o título, com um birdie no terceiro buraco do play-off" após terminar a prova empatado na liderança com o tailandês Jazz Janewattananond, ambos com 263 "shots" (-21).
Ricardo Santos, que havia passado o cut em bom plano, voltou a repetir o resultado da terceira ronda, graças a três birdies (nos buracos 8, 9 e 10) dois bogeys (3 e 15) e um duplo bogey, a fechar o green do 18, "com um chip e três putts a um metro e meio da bandeira", como contou à Lusa.
"Ontem [quinta-feira], perdi a confiança nos greens e hoje não consegui recuperar. O restante jogo esteve afinado, mas o putt não funcionou. Foi pena. Estou um pouco desiludido com o sucedido nos últimos dois dias, mas foram muitas voltas de golfe nas últimas três semanas [12 em competição] e agora tenho de me focar e trabalhar nas coisas que correram menos bem", explicou o jogador natural de Faro
Depois de passar o cut nos três torneios disputados esta temporada, no Qatar Masters, Quénia Open e Quénia Classic, Ricardo Santos regressa a Portugal para "preparar a participação, em princípio, no Open da Áustria, dependendo da possibilidade de viajar depois para Espanha", onde vai decorrer o Gran Canaria Open e o Open de Tenerife.
Já Filipe Lima despediu-se do Karen Country Club com um agregado de 285 pancadas (68+70+74+73), depois de entregar um último cartão com quatro bogeys (1, 14, 15 e 18), quatro birdies (4, 6, 12 e 17) e um duplo bogey (5).
Apesar de ter ficado no 72.º lugar da classificação, o português, residente em França, diz sair do Quénia "muito contente com o jogo do tee ao green e ótimas sensações para o resto da época."
"Foi um dia estranho, porque joguei o meu melhor golfe desde que cheguei ao Quénia há 15 dias, mas o resultado não correspondeu. Não tive muita sorte nos greens e no putt, mas estive muito bem nos outros aspetos do jogo. Agora é manter este feeling, treinar um pouco mais e ver se no Open de Tenerife ou no Open de França corre bem, para fazer melhores resultados", apontou Lima.