Ciclista da W52/FC Porto venceu a 29.ª edição da prova.
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Ricardo Mestre (W52/FC Porto) sagrou-se o vencedor da 29.ª edição do Grande Prémio de ciclismo JN, apesar da derradeira etapa, com chegada em Gondomar, ter sido conquistada por Joni Brandão (Efapel). O corredor algarvio, que sucede ao companheiro de equipa António Carvalho, vencedor em 2018, terminou a corrida com uma vantagem de 36 segundos para Joni Brandão, com Alejandro Marque (Sporting/Tavira) a fechar o pódio, com mais 59 do que Mestre.
"Foi uma vitória muito difícil, porque o Joni Brandão mostrou estar muito forte. Tenho a felicidade de estar na melhor equipa. Eu e os meus companheiros, conseguimos controlar a corrida. Todas as etapas tiveram momentos importantes, mas a etapa de duplo setor foi a mais decisiva", disse Mestre.
Na chegada desta segunda-feira a Valongo, após uma ligação de 187 quilómetros com partida do Porto, Joni Brandão foi o mais forte, superando em seis segundos António Gomez (Rádio Popular/Boavista) e em oito o também boavisteiro Daniel Silva, que fizeram segundo e terceiro lugar do dia, respetivamente. "Sabíamos que seria muito difícil. Eu e a equipa fizemos o que estava ao nosso alcance, atacando a corrida desde o quilómetro zero. Não tivemos medo de encarar a prova com mentalidade de vencer", disse Joni Brandão no final da prova.
A tirada, a mais longa da corrida, conseguiu manter o nível emocionante com que se partiu para este último trajeto, com os principais adversários da W52/FC Porto a atacarem, desde o início, na tentativa de vergar os dragões.
A equipa orientada por Nuno Ribeiro manteve-se imune à pressão, controlando, com António Carvalho, as várias fugas que se foram desenhando sem sucesso, sobretudo na parte de maior relevo da etapa.
Só depois dos 120 quilómetros surgiu a iniciativa mais consistente, protagonizada por António Gómez (Rádio Popular/Boavista), Tiago Machado e Álvaro Trueba (Sporting/Tavira), Jesús del Pino e Filipe Cardoso (Vito/Feirense), que chegaram impor um fosso de quase três minutos para o pelotão.
Ao atrevimento dos escapados, a W52/FC Porto endureceu o ritmo da perseguição, formando na frente um grupo de 16 corredores, que se voltou a desfazer a dois quilómetros da meta, quando Joni Brandão, na última tentativa de fazer a diferença, arrancou para a vitória, mas viu Ricardo Mestre surgir apenas com oito segundos de atraso.
A camisola amarela não saiu, assim, do corpo do algarvio, que também contribuiu para que a equipa vencesse a classificação geral coletiva, à frente de Efapel e Sporting/Tavira, respetivamente.
Além das vitórias nas últimas etapas, Joni Brandão leva como prémio a camisola verde dos pontos e a laranja das metas volantes, enquanto Rafael Lourenço (InOutBuild/Oliveirense) ganhou a camisola da juventude.
No prémio da montanha, destacou-se Bruno Silva (EFAPEL) que neste último dia ?tirou' a camisola azul que foi envergada em quase toda a prova por Paulo Silva (Fortunna/Maia).
Por ter liderado a fuga do dia, Tiago Machado (Sporting/Tavira) subiu hoje ao pódio com a camisola da combatividade.