Ricardinho está orgulhoso com os recordes que bateu no jogo com o Panamá, sendo agora o melhor marcador da história da seleção portuguesa de futebol.
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O segundo jogo da Seleção Nacional de futsal no Campeonato do Mundo, diante do Panamá, foi uma partida de muitos recordes. Desde logo, a maior goleada obtida por Portugal na fase final de um Mundial. O anterior máximo datava de 2008, no Brasil, quando a Equipa das Quinas bateu os Estados Unidos por 8-1.
Depois, consagrou Ricardinho como o melhor marcador de sempre da Seleção, com o "mágico" a somar agora 113 tentos, suplantando as marcas de André Lima e Joel Queirós (ambos com 107 golos). Além do mais, o "10" luso tornou-se, ainda, o jogador nacional com mais golos apontados num único encontro de um Campeonato do Mundo: seis.
Números que Ricardinho feliz: "Não era algo que eu imaginasse que chegasse tão cedo. As coisas vão-se concretizando com o tempo, vão fluindo e eu não estou à procura de bater recordes. Felizmente tenho estado em boa forma física para poder representar a seleção, agora com uma responsabilidade ainda maior, depois de assumir o cargo de capitão numa grande equipa como a nossa e no seio de um grupo de trabalho fantástico", revelou em declarações à FPF.
"É um dia para não esquecer, um dia fantástico em que consegui bater alguns recordes. Mas o mais importante era a vitória. Nunca pensei marcar seis golos num Mundial, nem ser o melhor marcador português de sempre pela Seleção, o que é fantástico", comentou.
"Quero ir construindo a minha história. Um dia, quando a minha carreira terminar, quero olhar para os registos e perceber toda a história que fiz. Mas neste momento, não é eu, somos nós. Somos uma família, somos a Seleção Nacional e queremos muito mais", prosseguiu.
Olhando para o triunfo diante do Panamá, Ricardinho elogia a exibição lusa. "Jogávamos a vida nessa partida, tal como falámos na reunião antes de irmos para o jogo. Conseguimos fazer bem aquilo que pretendíamos, que era ganhar, marcar muitos golos e não sofrer. Só não conseguimos o quarto objetivo que era que ninguém se lesionasse. Infelizmente o Cardinal lesionou-se. Ainda não sabemos a gravidade, mas espero que não seja nada de grave", frisou.
"O mais importante foi conseguido. Estamos em primeiro lugar do grupo e esperamos por lá nos mantermos. Estamos um Mundial, ninguém disse que ia ser fácil e hoje já demonstrámos um pouco da nossa qualidade. Sentimo-nos mais leves em campo, criámos muitas ocasiões de golo e há que continuar assim porque o próximo jogo vai ser ainda mais difícil", afirmou.
Olhando ao adversário que aí vem, o Uzbequistão, o capitão da Equipa das Quinas não espera facilidades. "Tivemos a sorte de jogar com eles em Gondomar [jogo de preparação, a 1 de setembro, com vitória por 5-1]" e percebemos a forma como eles jogam. Têm jogadores muito fortes fisicamente, que rematam muito bem à baliza e criam muitas oportunidades. Temos de estar atentos. Por outro lado, fazem uma defesa "zona" que nos cria muitas dificuldades", analisou.
Ricardinho considerou surpreendente a derrota dos uzbeques na primeira jornada do grupo A, diante do Panamá, mas garante que Portugal quer escrever a sua própria história. "Não nos podemos preocupar com o rival que aí vem. Temos que o analisar e respeitar, manter os pés bem assentes no chão e fazer aquilo que de bom fizemos com a Colômbia", sintetizou antes de avançar com a receita para bater o Uzbequistão: "Concentração, personalidade e manter o jogo à Portugal".