Ricardinho: "A palavra mais forte vai para o meu pai: perdeu uma perna, continuou e lutou pela vida"
Ricardinho foi homenageado esta sexta-feira na Câmara Municipal de Gondomar, dias depois de ajudar Portugal a sagrar-se campeão do Mundo de futsal
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"A minha mãe sempre foi a líder da casa, fez-me aprender muitas vezes sozinho qual o caminho do sucesso. A palavra mais forte vai para o meu pai: inconscientemente foi a pessoa que mais me inspirou para superar a batalha de uma lesão muito forte no tendão com 36 anos, em que muita gente dizia que estava acabado, e o meu pai fez-me acreditar que era possível", revelou.
"O meu pai perdeu uma perna há muitos anos, continuou e lutou pela vida, adaptou-se e foi isso que fiz: adaptar-me para ser o Ricardinho que sou agora. Não ia ser o driblador, o do 'cabrito', dos golos impossíveis, mas fui batalhador, dei tudo pelo país e sou orgulhosamente português e gondomarense", disse esta sexta-feira Ricardinho, homenageado na Câmara Municipal de Gondomar, dias depois de ajudar Portugal a sagrar-se campeão do Mundo de futsal
À margem do momento de homenagem, em declarações aos jornalistas, o seis vezes melhor jogador do mundo de futsal explicou a emoção de poder voltar à terra onde tudo começou e perceber que conseguiu "chegar do bairro ao topo do mundo", aproveitando para inspirar "cada menino a acreditar que pode lá chegar".
"A cada dia que passa temos mais noção daquilo que fizemos. Conseguimos conquistar o mundo entre 150 seleções, isso é ser o melhor dos melhores e é incrível. Jogámos com duas seleções - na meia-final (Cazaquistão) e final (Argentina) - a quem não tínhamos ganho uma única vez, conseguimos fazer daquela maneira, a sofrer. Foi mesmo à português", vincou.