Representou os três grandes e diz: "Barcelos? Aqui os adversários entram sempre a perder"
Poka, reforço do Óquei de Barcelos, está entusiasmado com a nova experiência, depois de ter passado pelos clubes grandes: FC Porto, Sporting e Benfica
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Há duas semanas em Barcelos, oriundo do Benfica e depois de passagens por Sporting e FC Porto, Daniel do Carmo Oliveira, conhecido por Poka no meio do hóquei em patins, mostra-se completamente rendido ao clube e à cidade de Barcelos. A O JOGO, o internacional português de 34 anos não poupou nos elogios à nova casa.
Internacional de 34 anos, natural de Gulpilhares, repete a experiência do irmão, Caio, que passou por Barcelos entre os anos de 2005 e 2007, e mostra-se encantando com o "maior de Portugal".
"Tem sido espetacular. É um clube familiar e isso nota-se. Estou a comparar um bocado com Valongo, que foi uma experiência parecida com esta. Só se fala de hóquei na rua. Estou no supermercado e vêm-me perguntar se estou a gostar ou não, quando começam os jogos, se podem assistir aos treinos... não sou jogador de futebol, sou de hóquei. E não é normal noutras cidades isto acontecer. Tem sido muito engraçado perceber a própria dinâmica da cidade em relação ao hóquei", destacou o jogador.
"Aqui em Barcelos só se fala de hóquei na rua. Estou no supermercado e vêm-me perguntar se estou a gostar e quando começam os jogos"
Referindo que escolheu o Barcelos para ter "mais protagonismo e tempo de jogo", que lhe faltou na segunda época no Benfica, acrescentou que a decisão "foi muito fácil de tomar". "O que pesou mais foi vir para perto de casa, para um contexto de continuar numa equipa que luta por objetivos, continuar no melhor campeonato do mundo e para um clube que tem um grupo unido, coeso, exigente. E com poucas mudanças nos últimos anos, mantendo a estabilidade na equipa", disse. "É o único clube para onde vou onde nunca joguei com nenhum jogador que cá está. É uma curiosidade e, mesmo assim, foi uma decisão muito fácil. Porque o mundo do hóquei em patins é muito pequeno e toda a gente dizia que o grupo em Barcelos é bom, que sabe receber e isso nota-se. Eles dentro de campo têm grande união. Estou com duas semanas de Barcelos e parece que já estou aqui há muito tempo. Tem sido espetacular", assumiu.
"Ter este ambiente do nosso lado é das melhores coisas do mundo. Comparo-os com os adeptos de clubes de futebol de topo"
Questionado quanto às diferenças entre os adeptos dos três grandes do futebol com os do Barcelos, Poka foi claro: "Eu vim jogar várias vezes a este pavilhão. É um recinto em que se entrava praticamente a perder. Aqui os adversários entram sempre a perder, com 2000/2500 pessoas sempre a apoiar. Ter este ambiente do nosso lado é das melhores coisas do mundo, sem dúvida. Do lado contrário é terrível. Comparo-os com os adeptos de clubes de futebol de topo", analisou, acrescentando que a expectativa é grande para esta temporada: "Vejo um plantel com muita qualidade e várias soluções. Estou verdadeiramente expectante para esta experiência aqui em Barcelos", conclui.
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"Gostava de ter a técnica do Darío Gimenez e do Alvarinho"
Falando sobre os novos colegas de equipa, diz que não se surpreendeu com nenhum, até porque, em 17 anos como sénior, teve que os analisar a todos. No entanto, se tivesse que destacar alguns, sem querer arranjar problemas no balneário, foi sincero: "Gostava de ter a técnica do Darío [Gimenez] ou do Álvaro [Alvarinho], para ser um jogador mais completo, como se calhar, sobretudo o Álvaro, gostava de ter o meu remate", começou por dizer, antes de concluir: "O Conti [Acevedo], por exemplo, está, para mim, entre os três melhores guarda-redes do mundo".
Caso raro nos três grandes
Poka é um jogador singular, na personalidade que o levou a tomar "decisões difíceis", como a que o fez mudar do FC Porto para o Benfica. Isso reflete-se no percurso, sendo que só dois jogadores o fizeram, além dele. O irmão, Caio, e Vítor Hugo. E desses, Poka é o único que jogou nos clubes que se sagraram campeões nacionais nos últimos 50 anos em Portugal: Barcelos, Valongo, Benfica, Sporting e FC Porto. E é esta experiência, diz o atleta, que "pode fazer a diferença ao serviço do Óquei", ele que, juntamente com Vieirinha, Alvarinho e Miguel Rocha, é dos mais titulados do plantel.
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