
Em 2012, foi campeão da II Divisão, esteve duas épocas entre os grandes, mas voltou a descer. Regressou à elite pela mão de Carlos Martingo em 2015 e desde então tem sido sempre a crescer
Tem 61 anos, fundado a 23 de setembro de 1956, mas só neste século, sob a presidência de José Costa, é que o Avanca teve a ousadia de sonhar com um futuro mais auspicioso. Mais do que isso, uma vez que o foi tornando realidade, subindo patamares e, depois de longas temporadas a jogar nas divisões inferiores, luta hoje pela entrada do Grupo A do andebol 1, ou seja, por fazer parte das seis melhores equipas portuguesas, isto na terceira época consecutiva da I Divisão.
"Nós partimos em 2001, nos regionais, com um andebol completamente diferente, e na primeira vez que eu falei na Direção que tínhamos de pensar em ir para a primeira divisão devem ter pensado que eu estava a exagerar. Foi em 2007/08, quando subimos à II Divisão", recorda José Costa.
"Nessa altura, havia a Liga Portuguesa de Andebol, o professor José Magalhães queria que fôssemos para a Liga, mas eu disse que não, que ainda não era a altura, que o nosso projeto era consolidar o trabalho, e assim tem sido", conta o líder do clube do distrito de Aveiro, que facilmente justifica esta evolução: "Isto deu-se com o apoio das empresas da região, dos sócios e com algum da Câmara Municipal, não à medida de outros, mas à medida das possibilidades da câmara, e tudo com uma gestão muito rigorosa. Vamos gerindo com muita parcimónia os poucos recursos que temos", explica José Costa, revelando "um orçamento de 150/160 mil euros".
Fundamental, diz o líder dos avancanenses, um engenheiro mecânico, de 67 anos, é a parceria com o FC Porto. "Começou em 2013/14, com a vinda do Carlos Martingo. Na verdade, essa ligação já existia antes, mas aprofundou-se e é muito importante. Temos jogadores do FC Porto, eles também têm nossos e isto para bem comum. Só assim entendo estas parcerias", adianta José Costa, revelando que do plantel às ordens de Martingo três jogadores fazem parte dos azuis e brancos: Rúben Ribeiro, Diogo Silva e o cubano Magnol Suarez.
