Recorde mundial e um título com a pior marca de um vencedor no último dia dos Mundiais
Os Mundiais de atletismo de pista coberta terminaram este domingo.
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O francês Renaud Lavillenie somou este domingo o terceiro título mundial de salto com vara em pista coberta, no último dia dos Mundiais de Birmingham, em que a Polónia bateu o recorde dos 4x400 metros masculinos.
Numa luta com o norte-americano Sam Kendricks, que o tinha batido na final dos Mundiais ao ar livre de 2017, Lavillenie repetiu os feitos de 2012 e 2016, ao ser o único a ultrapassar os 5,90 metros.
Kendricks, que repetiu a prata de 2016, e o polaco Piotr Lisek ocuparam as outras duas posições do pódio, ambos com 5,85 metros.
A Polónia interrompeu uma série de seis triunfos consecutivos dos Estados Unidos na estafeta 4x400 metros masculinos, com Karol Zalewski, Rafal Omelko, Lukasz Krawczuk e Jakub Krzewina a conquistarem o ouro com um novo recorde mundial.
O quarteto polaco correu a distância em 3m01s77, batendo um recorde que pertencia aos Estados Unidos (3m02s13) desde os Mundiais de Sopot em 2014.
Apesar de terem conseguido a segunda melhor marca de sempre, com 3m01s97 minutos, os norte-americanos tiveram de se contentar com a prata, à frente da Bélgica, que bateu o recorde nacional, com 3m02s51.
Na estafeta feminina, os Estados Unidos somaram o seu terceiro título consecutivo, com 3m32s85, a segunda melhor marca da história, recorde norte-americano e dos campeonatos.
Também com recordes nacionais, a Jamaica (3m24s16) e a Polónia (3m26s09) terminaram nas segunda e terceira posições, mas a equipa das Caraíbas acabou por ser desclassificada, dando o bronze à Grã-Bretanha (3m29s38).
Contudo, a equipa da casa também foi desclassificada, com a terceira posição a acabar por ficar para a Ucrânia (3m31s32).
A grande ovação do dia acabou por surgir no final dos 60 metros barreiras, depois de o britânico Andrew Pozzi, campeão de Europa em 2017, conquistar o ouro, com uma marca de 7s46.
O norte-americano Jarret Eaton liderava a prova antes da última barreira, mas um pequeno toque no derradeiro salto atirou-o para a prata, a um centésimo de Pozzi, enquanto o francês Aurel Manga (7s54) ficou com o bronze.
Depois do bis de Genzebe Dibaba nos 1500 e 3000 metros, a Etiópia confirmou o monopólio do ouro no meio fundo, com os triunfos de Samuel Tefera na distância mais curta e Yomif Kejelcha nos três quilómetros.
Yomif Kejelcha revalidou o título nos 3000 metros com a pior marca de sempre de um vencedor, em 8m14s41 minutos, mas com um quilómetro final avassalador, batendo o compatriota Solomon Barega (8m15s59) e o queniano Bethwell Birgen (8m15s70).
Mais equilibrada foi a final dos 1500 metros, apesar de ninguém ter assumido a liderança da corrida no primeiro quilómetro, com Tefera, o primeiro a atacar, a vencer em 3m58s19.
No sprint final, o polaco Marcin Lewandowski garantiu a prata, em 3m58s39, batendo por quatro centésimos o marroquino Abdelaati Iguider.
Francine Niyonsaba, do Burundi, revalidou o título nos 800 metros, com uma marca de 1m58s31, batendo, tal como há dois anos, a norte-americana Ajee Wilson, que melhorou o seu recorde pessoal (1m58s99), tal como a britânica Shelayna Oskan-Clarke (1m59s81), medalha de bronze.
Depois de três títulos europeus, um dos quais em pista coberta, a sérvia Ivana Spanovic conquistou a sua primeira medalha de ouro em Mundiais, ao vencer o salto em comprimento, com 6,96 metros.
A norte-americana Brittney Reese falhou a tentativa de conseguir o seu quarto título, ficando pelo segundo lugar, com 6,89 metros, à frente da alemã Sosthene Moguenara-Taroum (6,85 m).