Carlos Barbosa, presidente do Automóvel Clube de Portugal, defende que a prova vive bem a norte "sem jogadas ou manobras políticas".
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As revelações são feitas por Carlos Barbosa, presidente do Automóvel Clube de Portugal (ACP), que considera que o Rali de Portugal no norte vive bem "sem jogadas ou manobras políticas" e, em 2015, teve um "retorno financeiro ímpar".
"O governo cortou, em 2015, o apoio ao Rali de Portugal, acontecimento estranho, pois foi quando anunciámos que viria para o norte. Mesmo assim, seguimos sem medo ou vontade de voltar atrás. Sem o apoio do Estado, que deveria dar as mesmas condições e oportunidades a todos os portugueses que pagam impostos em todo o país", apontou, em Matosinhos, por ocasião da apresentação da próxima edição da prova.
O Rali de Portugal vai decorrer, entre 19 e 22 de maio, em 13 municípios do norte, tendo Carlos Barbosa saudado "o regresso às origens, quando muitos temeram, criticaram e vaticinaram o fim" da prova. "A recompensa foi rápida, com centenas de milhares de adeptos espalhados pela região nos quatro dias de prova. Uma grande estalada no centralismo bacoco de Lisboa -- que agora chamo de parolo - dado pelo estudo de impacto económico, com um valor recorde na história da prova", frisou o presidente do ACP que ainda disse ter o Estado arrecadado "24,3 milhões de euros de receita fiscal com uma prova que se recusou apoiar".
Além destes dados, Carlos Barbosa ainda revelou ter o retorno económico representado para os municípios um valor entre os 358 mil euros e os 5,4 milhões, com um "impacto direto de 25,4 milhões". "Aqui vive-se uma paixão única e conhecida. Não é por acaso que o norte está na moda na Europa", finalizou o dirigente.
Já Melchior Moreira, responsável da Região de Turismo do Porto e Norte de Portugal, destacou ter sido o "retorno económico total de 127 milhões de euros para a região e país" com a realização do Rali de Portugal no norte. "Em 2015 verificou-se o exemplo de união da região em torno de objetivo comum, nomeadamente com o envolvimento dos 13 municípios no que toca à organização e promoção, destacando-se o espírito de grupo e entidade regional. Depois do Euro2004, este é o evento desportivo mais mediático em Portugal e com maior retorno económico."