Rali Dakar tem hoje o prólogo e anuncia o duelo entre o Audi elétrico e a Toyota, enquanto nas motos lutam GasGas, KTM e Honda. Há 18 portugueses entre os 603 aventureiros que hoje alinham no prólogo de Jeddah, mas só oito como pilotos e dificilmente algum para ir ao pódio. Mas ter um carro elétrico como favorito vai animar.
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45.ª edição do Rali Dakar, embora continuando a realizar-se num só país, a Arábia Saudita, vai ter mais quilómetros (cinco mil), que são anunciados como mais duros, e espera-se que batalhas ainda mais emocionantes pelo triunfo final, pois os Audi elétricos, com pilotos como Stéphane Peterhansel e Carlos Sainz, são anunciados como mais competitivos, enquanto os regulamentos reduziram a potência do Toyota de Nasser Al-Attiyah e do BRX de Sébastien Loeb, os dois primeiros da última edição. Nas motos, Sam Sunderland, da GasGas, terá dificuldades para repetir o triunfo face à imensidade de KTM e Honda que lhe vão dar batalha. O que também limita as ambições dos portugueses.
Embora a lista de inscritos tenha 18 representantes nacionais, em 16 equipas, na realidade só oito são pilotos, havendo ainda nove navegadores e um mecânico, e a expectativa de resultados não mudou muito em relação à edição anterior, embora exista uma grande novidade: o regresso de Hélder Rodrigues, aos 43 anos, e agora na categoria onde se esperam alguns brilharetes portugueses. Além do "Estrelinha", que nas motos foi duas vezes ao pódio e ganhou nove etapas, os Lightweight Prototypes - classe mais evoluída do que os conhecidos SSV - contam com Ricardo Porém e João Ferreira, dois campeões nacionais de TT, em veículos montados pela Yamaha X-Raid. A dificuldade está na concorrência: Francisco Lopez Contardo e Seth Quintero são difíceis de bater.
Nas motos, Joaquim Rodrigues, que na edição anterior ganhou uma etapa e foi 14.º da geral, e Rui Gonçalves, que foi 24.º, continuam ambos em equipas de fábrica, Hero e Sherco, respetivamente, enquanto António Maio (21.º) é uma espécie de sobrevivente da Yamaha. Mas pela frente têm cinco KTM, cinco Honda, duas GasGas e duas Husqvarna, o que dá a dimensão do desafio. Terminar no top 10 já será positivo. "O Dakar tornou-se tão competitivo, tem tantos potenciais vencedores, que perder uma hora de entrada é o adeus a um resultado decente", explicou J-Rod, que só espera um bom resultado se "não tiver muitos problemas".
Nos automóveis, os navegadores nacionais ambicionam resultados semelhantes, mas vão andar longe dos nomes famosos. "Eu nasci no deserto, por isso não tenho medo dele. Espero que todos gostem deste Dakar, que não será fácil", avisou Nasser Al-Attiyah, último vencedor, sem impressionar o "Senhor Dakar", Stéphane Peterhansel. "A meta é sempre a vitória e temos carro para isso. Fizemos um bom trabalho e estamos prontos", respondeu o francês, que irá buscar a 15.º triunfo com o Audi e-Tron.
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